Cigarro pode antecipar em até 9 anos a ocorrência um infarto no sexo feminino. Parar de fumar, no entanto, pode reverter rapidamente o risco.
As doenças cardíacas afetavam as mulheres mais tardiamente que aos homens. Resultados de uma pesquisa apresentada no congresso da Associação Americana do Coração mostram que, na população dos Estados Unidos, o quadro está mudando. A partir dos dados obtidos em um registro das pessoas atendidas em serviços de emergência, com quadros de infarto agudo do miocárdio, algumas mudanças foram identificadas. O cadastro contém informações relativas a mais de 7 mil pacientes e seus fatores de risco para as doenças do coração que necessitaram de uma angioplastia (reabertura da artéria obstruída). Os infartos do coração ocorreram na mesma faixa etária para homens e mulheres com fatores de risco para doenças cardiovasculares. Quando comparados aos pacientes que não apresentavam fatores de risco, somente dois se destacaram: tabagismo e história familiar de problemas coronarianos. As mulheres que fumavam sofreram o infarto nove anos mais cedo do que as não-fumantes, descontando negativamente a vantagem que tinham sobre os homens. A mesma análise feita para os homens mostrou uma diferença de três anos entre os fumantes e não-fumantes. Outro fator de risco que diferenciou as mulheres dos homens foi a presença de antepassados com doença cardíaca. Esse fato antecipou em quase 8 anos a ocorrência do infarto. Pelo menos uma boa notícia foi dada por William Herzog, que chefiou a pesquisa: as mulheres que param de fumar, em seis meses, voltam ao seu grupo original com relação ao risco para um infarto. No Brasil, os problemas cardíacos também avançam sobre as mulheres. Os dados do Ministério da Saúde mostram um crescimento contínuo da mortalidade por doenças cardiovasculares – 35% em 25 anos, com o registro de mais de 134 mil óbitos no ano de 2005. (Por: Luis Fernando Correia)
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