Fumantes querem parar!

83% dos fumantes dizem que gostariam de parar:

Dalva Maria de Mendonça, 54, é uma bem-sucedida secretária executiva em Brasília, mas coleciona fracassos quando o assunto é parar de fumar. Fumante desde os 14 anos, ela busca parar desde os 29. Nesses 25 anos, já tentou de tudo: aplicação de raio laser no lóbulo da orelha, adesivo para repor nicotina, chiclete, remédios e piteiras. "Só não coloquei o cigarro no copo d`água e tomei no dia seguinte", conta. Dalva é um caso extremo pela dificuldade, mas seu desejo é a regra: 83% dos fumantes querem parar de fumar, segundo pesquisa feita pelo Datafolha com 2.771 pessoas a partir de 16 anos (a margem de erro é de dois pontos percentuais). Como Dalva, 69% dos fumantes já tentaram parar e fracassaram.O cigarro é a principal causa de morte evitável, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). No Brasil, 200 mil morrem por ano de doenças relacionadas ao tabaco. Pesquisas mostram que o percentual de fumantes que quer deixar o vício sempre supera os 60%. Nos EUA e na Grã Bretanha, essa taxa é de 75% e 73%, respectivamente. O surpreendente no caso brasileiro é o fato de o país ter índices que superam EUA e Inglaterra. A taxa dos que querem deixar de fumar é um dos melhores indicadores do nível de informação sobre os males do fumo, segundo a médica Vera Luiza da Costa e Silva, que dirige em Washington a área de combate ao tabagismo da OPAS (Organização Panamericana da Saúde). "O Brasil vai muito bem em informação sobre fumo, parece até um país nórdico", afirma Vera. "A foto no maço universalizou o conhecimento sobre os problemas do cigarro". As imagens nos maços foram adotadas em 2002. No ano seguinte, as fotos ficaram maiores e mais chocantes. O Brasil foi o segundo país do mundo a usar esse tipo de contra-propaganda, depois do Canadá. A União Européia, vanguarda em saúde pública, só tornou obrigatórias as fotos em 2004. Se o Brasil é uma Noruega nos alertas, o sistema de tratamento patina no Terceiro Mundo, segundo a psiquiatra Luizemir Lago, diretora do Centro de Referência para Álcool, Tabaco e Outras Drogas, do governo paulista. O SUS (Sistema Único de Saúde) só começou a fazer tratamentos em larga escala em 2005. O INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima que 19 milhões querem parar de fumar, mas só 44.269 foram atendidos nesses três anos o equivalente a 0,2%. "É muito pouco", diz Tânia Cavalcante, que coordena o programa de combate ao tabagismo do INCA. "Estamos construindo um sistema e isso leva tempo no Brasil".Como o SUS não contava com profissionais especializados nesse tipo de tratamento, o programa começou do zero, com o treinamento de médicos. Quantidade de pacientes não é o único problema do programa. A entrega dos remédios – adesivos, chiclete e bupropiona – é irregular, segundo Luizemir. No ano passado, por exemplo, São Paulo recebeu remédios duas vezes, de acordo com Luizemir. Se o governo paulista não comprasse as drogas por conta própria, os tratamentos teriam de ser interrompidos. O INCA confirma que a entrega de remédios sofreu interrupções porque a indústria não tinha estoques. Não que o tratamento seja baseado em drogas. "Todo mundo quer uma pílula mágica para deixar de fumar e isso não existe", diz Tânia.Num protocolo criado pelo INCA, há a estimativa de que 40% deixam o cigarro sem recorrer a remédios. Os que precisam de drogas também são submetidos a sessões de terapia. "Só remédio não funciona porque é necessária uma mudança de comportamento. A pessoa precisa desenvolver habilidades para substituir o cigarro", afirma Tânia.A terapia é imprescindível porque a dependência do cigarro envolve um componente químico e um vetor comportamental, segundo Luizemir: "Há pessoas que não se reconhecem sem o cigarro na mão. Para deixar o cigarro é preciso reformatar a personalidade". É por isso que os especialistas repudiam a idéia de que faltou vergonha na cara aos que fracassam. "Não é uma questão moral", diz Tânia. A dependência de cigarro é tão grave quanto a de cocaína e de heroína.
Fonte : Folha de São Paulo

Tabagismo passivo


Carta do Fórum sobre Tabagismo Passivo e Legislação sobre Ambientes Livres de Fumo no Brasil

A Aliança de Controle do Tabagismo está promovendo uma Campanha de Coleta de Assinaturas para adesão à "Carta do Fórum". Documento este aprovado no Fórum sobre Tabagismo Passivo e Legislação sobre Ambientes Livres de Fumo no Brasil, ocorrido no dia 12 de setembro do corrente ano, no Rio de Janeiro. Essa Carta será encaminhada ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ao presidente da República e ao ministro da Saúde e solicita a alteração da Lei Federal 9.294/96 no sentido de promover a melhoria na qualidade do ar de todos os recintos de uso coletivo por meio da promoção de ambientes 100% livres de fumo em locais fechados, sem exceções.A "Carta do Fórum" está disponível na página www.actbr.org.br tanto para pessoas físicas como para instituições.Pessoa física: Imprimir petição e formulário para assinaturas em anexo (onde obrigatoriamente deve constar ou RG ou CPF, senão não tem valor de petição), após a coleta das assinaturas enviar as folhas para o endereço constante no formulário.Instituição: Enviar uma mensagem para actbr@actbr.org.br, com "apoio à alteração da Lei 9294/96", o nome da Instituição e da pessoa responsável, no corpo da mensagem.Participem e Divulguem!
Fonte : ACTbr

Cérebro e dependência

Neutralizar zona do cérebro pode diminuir dependência de drogas:

CHICAGO, EUA (AFP) — A necessidade de drogas pode ser eliminada com a "neutralização" de uma zona do cérebro, descoberta que pode ter grandes conseqüências no tratamento de dependentes, segundo um estudo chileno com animais publicado nesta quinta-feira pela revista Science.
O córtex insular ou ínsular é uma região profunda no cérebro que filtra a informação sobre o estado e as necessidades do corpo.
Cientistas demonstraram que alterações na ínsula podem reduzir dramaticamente a necessidade do fumante por consumir nicotina.
Um estudo anterior mostrou que 12 de 19 fumantes deixaram o cigarro sem esforço depois de receber uma lesão na ínsula, provocada em geral por crises cardíacas.
Em seus experimentos com ratos, os cientistas descobriram que "neutralizar" temporariamente a ínsula suprime a necessidade pela droga que sofriam os ratos viciados. Além disso, também protege de efeitos secundários desagradáveis da medicação, de acordo com matéria da Science.
Este estudo com ratos e o anterior sobre tabagismo representam uma poderosa evidência de que a ínsula "leva de forma subjacente a consciência da necessidade" , o que a transforma num bom objetivo para os medicamentos elaborados para ajudar os dependentes a acabar com o hábito, afirma Fernando Torrealba, cientista da Pontifícia Universidade Católica do Chile.

Indenizações contra Souza Cruz

TJ-SP nega pedidos de indenização contra Souza Cruz:
Desembargadores consideraram legalidade da venda de cigarros e livre arbítrio de fumantes. (Marcel Gugoni, do estadao.com. br)

SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou dois recursos de ações indenizatórias contra uma das maiores fabricantes de cigarro do País, a Souza Cruz, confirmando decisão em primeira instância de duas varas cíveis da Capital. Para rejeitar os pedidos de indenização, o TJ-SP levou em conta a legalidade da fabricação e comércio de cigarros no Brasil, a divulgação explícita dos males do cigarro, o livre arbítrio dos fumantes e a capacidade de assumir riscos de quem opta por fumar.
Familiares do ex-fumante Vagner Valentin da Silva pediam ressarcimento de R$ 3,6 milhões por danos morais contra a Souza Cruz. Os autores alegavam que Vagner havia falecido em virtude de doença respiratória decorrente do consumo de cigarros. Procurada pelo estadao.com. br, a família não quis comentar o caso.
Já o ex-fumante Valdemar Holanda Cavalcanti, que alegava ter desenvolvido problemas pulmonares, buscava indenização por danos morais e materiais na soma de R$ 150 mil. Segundo nota do TJ-SP, esta é a 25ª decisão rejeitando pedidos de indenização dessa natureza.
Por meio de sua assessoria, a Souza Cruz informa que já foram ajuizadas no País 504 ações indenizatórias contra a empresa, das quais 294 foram rejeitadas e 12 favoreceram as vítimas.
Em agosto, a Souza Cruz e a Philip Morris Brasil, que juntas detêm quase 90% do mercado de cigarros brasileiro, tornaram-se os principais alvos de uma ação pública de indenização por conta dos prejuízos causados pelo cigarro a fumantes ativos e passivos.
A ação, resultado de uma proposta da Associação de Defesa da Saúde do Fumante (Adesf), pedia R$ 30 bilhões em indenização a municípios, Estados e o DF pelos gastos com saúde a tratamentos contra o tabagismo. As fabricantes recorreram e o processo aguarda julgamento também no TJ-SP.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a nicotina, principal componente do cigarro, é a substância que mais vicia no mundo. Além disso, suas mais de 4.700 substâncias - entre elas metais pesados como chumbo e arsênico - são capazes de causar 50 tipos de doenças diferentes, principalmente cardiovasculares, hipertensão, enfarte, angina e derrame.

Europa contra o tabaco

Parlamento Europeu quer proibir tabaco:

O Parlamento Europeu reuniu-se hoje em Estrasburgo e fez aprovar um relatório que propõe aos Estados-membros que introduzam, no prazo de dois anos, "a proibição total do consumo de tabaco em todos os locais de trabalho, restaurantes, bares, edifícios públicos e meios de transporte na União Europeia", lê-se num documento oficial do Parlamento Europeu, emitido hoje.
Por uma Europa sem fumo:
Foi hoje aprovado em plenário por 561 votos a favor, 63 contra e 36 abstenções, o relatório sobre o Livro Verde "Por uma Europa sem fumo". O Parlamento Europeu (PE) defende que "só uma proibição total de fumar em todos os locais de trabalho fechados, incluindo os estabelecimentos de restauração e de bebidas, e em todos os edifícios e meios de transportes públicos pode proteger a saúde dos trabalhadores e dos não fumadores". O mesmo relatório frisa que, nos países onde foi introduzida a proibição total de fumar, o sector da restauração não sofreu uma diminuição visível nos negócios. O Parlamento defende que "uma politica responsável tem a obrigação de criar um ambiente em que fumar já não seja considerado normal". O PE pretende que a Comissão Europeia apresente – até 2011 – um projecto que regulamente a protecção dos não fumadores no âmbito da protecção laboral e que, ao mesmo tempo, sejam reconhecidas as disposições nacionais em vigor nos Estados-membros.
Contexto:
Estima-se que por ano, na União Europeia, morram 650 mil pessoas devido ao consumo de tabaco, sendo que dessas mortes 80 mil são provocadas pelo fumo passivo. A exposição ao fumo do tabaco aumenta substancialmente o risco de cancro do pulmão. Números dizem que a probabilidade de pessoas que trabalham na área da restauração contraírem cancro do pulmão é 50% superior ao das pessoas que não estão expostas ao fumo do tabaco.
Tabaco na Europa:
Cerca de 70% da população da União Europeia é não fumadora. 86% dos europeus mostram-se favoráveis quanto à proibição de fumar nos locais de trabalho, 84% concordam com a proibição em locais públicos, 77% nos restaurantes e 61% nos cafés e bares.

Poluição

Fumo do tabaco é principal poluidor:
Estudo aponta principal causa de poluição do ar na Europa.

O fumo do tabaco é a principal causa de poluição do ar na Europa, conclui um estudo europeu que mediu níveis de monóxido de carbono (CO) em fumadores e não fumadores e que defende políticas anti-tabágicas mais restritivas, informa a agência Lusa.
O estudo mediu os níveis de exposição ao CO de 111.835 fumadores e não fumadores dos 27 Estados-membros da União Europeia durante eventos da campanha anti-tabágica «Help: por uma vida sem tabaco». Entre os participantes, 44 por cento são fumadores e 56 por cento não fumadores.
Cinco por cento do total revelou uma exposição prolongada ao tabaco nas 24 horas anteriores ao teste.
Das medições Help-COmets (Carbon MonOxide measure of exposure to tobacco smoke) conclui-se que a poluição provocada pelo CO proveniente do fumo do tabaco atinge sobretudo os fumadores, mas também submete os não fumadores a níveis elevados de monóxido de carbono.
As medições aos 49.392 fumadores testados durante a iniciativa permitiram ainda verificar que quem fuma apresentou um nível médio de monóxido de carbono avaliado em 17,5 partes por milhão (ppm), o que representa cerca do dobro do nível máximo tolerado para a qualidade do ar nas cidades europeias.
Fonte: PortugalDiário

Aditivos "ocultos"

TABAGISMO:

El País denuncia aditivos "ocultos" em cigarros:
A edição de ontem (21/10/2007) do jornal espanhol El País denuncia que a indústria tabagista camufla a quase totalidade das alterações químicas contidas no cigarro. De acordo com o periódico, o produto contém uma infinidade de substâncias, cuja lista vai muito além dos populares nicotina, alcatrão e tabaco. A publicação cita, por exemplo, a indústria do setor hispânico-francesa Altadis, que segundo a reportagem, reconhece usar 289 aditivos em suas marcas vendidas na União Européia. "Uns 90% de cada cigarro são tabaco, que já contém aditivo cancerígeno. Os outros 10% são aditivos compostos químicos, sobre os quais sabemos muito pouco, e nada com segurança", declarou, ao El País, por telefone, Michael Rabinoff, professor da Universidade Califórnia-Los Angeles. O especialista deverá publicar, no próximo mês, o estudo "Efeitos Farmacológicos e Químicos dos Aditivos dos Cigarros", na revista da Sociedade Americana de Saúde Pública. O professor diz ter catalogado 599 aditivos, atualmente inseridos no produto. Na versão do jornal na internet (http://www.elpais.com.es/), o leitor navega num infográfico interativo, com a lista completa dos aditivos, e os respectivos efeitos sobre o corpo humano.

Fumante não pode entrar...

RIO - Um hotel onde os hóspedes pisam em flores e o ar é livre de fumaça. Este é o ambiente idealizado pela Rede Accor para o novo estabelecimento da marca Íbis, que acaba de abrir suas portas na cidade, bem ao lado do Aeroporto Santos Dumont. Além disso, o novo hotel, que tem 330 unidades distribuídas em nove andares reservou um apartamento por andar aos clientes com necessidades especiais...
... Segundo a Accor, este é o primeiro hotel com ambiente 100% não-fumante no estado do Rio de Janeiro. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro, que não tem registro de outro estabelecimento do gênero entre seus associados, reconhece que a rede vem marcando presença neste segmento. A iniciativa começou em setembro, quando a rede converteu os hotéis Íbis Curitiba (Centro Cívico), Íbis São Paulo (Paulista) e Ibis Vitória (Praia do Canto) a ambientes livres de fumaça de cigarro. Outros dois hotéis deveram se juntar ao portfolio de hotéis livres de fumaça de cigarro da rede no ano que vem em São José dos Campos (que está sendo adaptado) e o outro, no Morumbi, na capital paulista.
- Estabelecemos a política de manter um hotel não-fumante em cada cidade onde tenhamos mais de uma unidade da rede Íbis. Nas outras marcas da rede Accor, oferecemos apartamentos para fumantes e não-fumantes - disse Frank Pruvost, diretor de operações da rede Íbis.
A política de hotéis livres de cigarro da rede Íbis foi implantada inicialmente na França e em seguida em Portugal antes de chegar ao Brasil:
- A receptividade é muito boa. Ninguém que fuma gosta do cheiro de tabaco. E os fumantes, por sua vez, contam com um hotel onde podem fumar mais tranquilamente. Temos que pensar sempre em atender aos dois tipos de clientes - completa Pruvost.
Com a abertura do novo Íbis Santos Dumont, a Accor já soma 43 hotéis da rede no Brasil, sendo três no estado do Rio de Janeiro. No início de 2008, a Íbis inaugura novas unidades em Araçatuba (SP) e Vitória (ES). Até o final de 2012, a Accor planeja somar 85 hotéis da rede no Brasil. (Fonte: Globo.com)
Nota do editor:
Cada vez mais o fumante está se tornando num cidadão de segunda categoria. (Jorge Schemes)

Queimando dinheiro...

Pobres gastam 3 vezes mais com cigarro que em cultura:


Os gastos relacionados ao fumo são 34% superiores às despesas com cultura nas famílias limeirenses. O dado pertence à pesquisa "Brasil em Foco 2007", publicada pela empresa Target Marketing com base em informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras instituições oficiais. Tendo como ano-base 2005, os limeirenses gastaram R$ 36,5 milhões em cigarros, charutos, fumos para cachimbo e artigos para fumantes, como fósforos e isqueiros. Já os gastos com cinema, teatro, futebol, CDs, discos de vinil, fitas cassetes, disquetes, artigos esportivos e de camping, jornais, revistas, mensalidades e taxas de clubes, classificados como recreação e cultura, somaram R$ 27,1 milhões. Nos gastos com fumo, as 23.877 famílias da classe C, com renda mensal de R$ 497 a R$ 1.064, são as que mais investem, seguida pela classe B (R$ 1.065 e R$ 2.943) com R$ 10,7 milhões e da classe A, acima de R$ 2.944, com R$ 3,2 milhões. Já as 437 famílias da classe D (R$ 263 a R$ 496) e as 229 da classe E (até R$ 262) gastaram juntas R$ 7 milhões, sendo R$ 6,5 milhões na D e R$ 496 mil na E, uma média de R$ 666 ao longo do ano com o fumo. Já em cultura, as duas classes somadas gastaram R$ 1,7 milhão, média de R$ 163 por família. Ou seja, os gastos com o fumo nas famílias mais pobres são trez vezes superiores com relação à cultura. Na classe D, uma fumante desde os 16 anos, que pediu anonimato, diz que gasta R$ 50 por mês com o cigarro, média de um maço a cada dois dias. Ela diz preferir gastar com o cigarro a assistir uma peça sem o maço. "É insuportável a vontade de fumar. Tentei parar várias vezes e já pedi ajuda médica. Sei que está prejudicando o orçamento de casa", diz. A professora de economia do Isca Faculdades, Andréia de Deus, mostrou-se surpresa com os dados e ressaltou que esta realidade dá um impacto impressionante sobre o preço do vício. "Já constatei, em pesquisas junto com alunos, que há pais de família que dizem não ter dinheiro para comprar leite para o filho, mas não deixam de comprar uma maço de cigarro", diz. Ela lembra ainda que a opção por cultura vem de formação através da educação. "As famílias mais pobres não têm a acesso a escola e, no orçamento, fazem prioridades. Elas não concebem a importância da cultura, que acaba ficando de lado. O vício do cigarro é como se alimentar. Um maço custa R$ 2, enquanto uma peça, no mínimo, sai por R$ 20. O fumo cabe no orçamento dessas famílias; a cultura, não". Para Andréia, a realidade acompanha a do País. "Muitos pais e mães fumam perto de filhos pequenos, principalmente nas classes mais pobres. As crianças crescem e incorporam esse hábito". Ela defende que mais políticas públicas sejam voltadas à difusão de cultura, bem como iniciativas privadas.



Fonte: Brasil em Foco - Target Marketing

Irracionais...

O dirigente do opositor Partido Islâmico da Malásia (PAS) Nik Abdul Aziz assegurou que os fumantes são "animais que não têm cérebro para pensar racionalmente".

Aziz, que também governa o estado de Kelantan, no norte do país, acrescentou que os fumantes sabem que o hábito de fumar é prejudicial à saúde e que, no entanto, se permitem cair na dependência, "por isso não usam seu cérebro", informou hoje o diário local "The Star". O político malaio, conhecido por sua dura postura contra o tabaco, quer excluir os fumantes nas listas do PAS para as próximas eleições gerais, que acontecerão no final do ano ou no começo de 2008. Aziz lembrou que o consumo de tabaco e álcool e o jogo não são permitidos pelo Islã, que os considera hábitos corruptos.

Proibido fumar dentro do carro

Califórnia proíbe fumar em carros com crianças:
As autoridades da Califórnia multarão a partir de 1º de janeiro, em US$ 100 (cerca de R$ 180), quem fumar em um carro na presença de crianças. A lei, já aprovada pelo legislativo, foi assinada ontem pelo governador, o republicano Arnold Schwarzenegger. O objetivo da medida é reduzir o costume dos motoristas de dirigir fumando. De acordo com um estudo, as partículas da fumaça do cigarro em um automóvel podem ser até dez vezes mais prejudiciais à saúde do que em uma casa. A Califórnia é o terceiro Estado norte-americano a tomar medidas contra o fumo passivo nos veículos, além do Arkansas e Louisiana, enquanto uma medida similar está sendo estudada no Maine. Ainda na Califórnia, na cidade de Belmont, a partir de 2009 será proibido fumar nas dependências de edifícios.

Adenocarcinoma

Fumante necessita de mais fumaça para se satisfazer:

Um novo estudo, apresentado na Coréia do Sul, mostra um crescimento significativo de um tipo específico de câncer de pulmão. Raro até bem pouco tempo atrás, o chamado adenocarcinoma já é considerado uma epidemia mundial. Os médicos fazem a relação direta desse aumento com o hábito de fumar cigarros considerados mais leves, com baixo teor de nicotina. O problema, segundo os especialistas, é que os fumantes, nesses casos, necessitam de mais fumaça para se satisfazer. O fumo causa 50 doenças diferentes, principalmente as do coração, respiratórias e o câncer. Entre 2000 e 2003, 50% dos casos de câncer no pulmão se referiam ao adenocarcinoma. Em 1950 esse índice era de 5%. No Estado de São Paulo, a média de internações aumentou 2% ao ano de 2000 para cá. Já o número de mortes provocadas por câncer no pulmão cresceu 14%entre 2000 e 2005. Os cigarros com filtros e baixos teores de nicotina, que estão entre os mais vendidos, têm ligação direta com a doença. A indústria do tabaco criou o chamado cigarro mais seguro diante das pressões das entidades antitabagistas. A idéia seria proteger o fumante, mas isso foi mostrado que é um grande engodo, diz o médico oncologista Juvenal Oliveira Filho. Ele lembra que o câncer de pulmão está entre os mais agressivos, porque já se manifesta em estágio avançado da doença, o que reduz as chances de cura do paciente.

Tratamento

O tratamento de quimioterapia para o câncer é pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas há cerca de cinco anos alguns médicos utilizam a terapia molecular dirigida, que ataca diretamente o tumor e o efeito colateral é menor, se comparado com a quimioterapia. Mas esse tratamento não tem cobertura do SUS. De acordo com o oncologista Juvenal Filho, alguns pacientes conseguiram na Justiça usar essa técnica pelo SUS. De acordo com a advogada especialista na área da saúde Maria Cecília Oliveira, esse é o caminho para quem não tem recursos para pagar por este tratamento alternativo. Há até uma cartilha com mais informações sobre como fazer valer esse direito. Ela está disponível no site http://www.afag.org.br/


Mulheres e tabagismo

Chile:Las mujeres fuman para frenar el estrés y la ansiedadEncuesta muestra que el tabaquismo busca mitigar la carga de roles femeninos. Jueves 11 de octubre de 2007Chile es el país del mundo con mayor consumo de tabaco entre lasmujeres, según datos de la Organización Mundial de la Salud, 2007. Aquí, al menos el 37% de las chilenas reconoce fumar -un porcentaje que va en aumento- ylas razones para hacerlo van desde lo que consideran un "derecho" y unaigualdad de género, hasta por motivos más emocionales.Una encuesta realizada por la Fundación Epes (Educación Popular en Salud)concluye que las tres principales causas que llevan a encender un cigarro alas chilenas son "para manejar la ansiedad, el estrés o la depresión" (92,9%), "para compartir socialmente" (51,8%) o "por dependencia o adicción"(50%)."La búsqueda de consuelo, de descanso o el simple hecho de disfrutar en unaactividad social caracterizan el consumo femenino. El cigarrillo es una fuente para mitigar todos los roles que tenemos", dice Sonia Covarrubias,miembro del comité ejecutivo de Epes, durante el encuentro "Mujer y tabaco:un diálogo para la comprensión y la acción", realizado ayer en Santiago. Los datos, obtenidos de cuestionarios hechos a mujeres de Santiago yRegiones, también arrojan otras explicaciones al tabaquismo femenino: el17,9% estima que es "por influencia de la publicidad", el 14,3% piensa que las mujeres fuman para "controlar el peso" y el 5,4% para "sentirsesensuales".En tanto, el 28% considera que fumar es "un símbolo de autonomía" femenino.Entre las encuestadas, el 73% dijo tener un buen conocimiento sobre los efectos del tabaco en la salud en general, pero sólo poco más de la mitad(58%) reconoció saber cuáles son las consecuencias del tabaquismo en lasalud femenina en particular.

Indústria do fumo

Os pesquisadores Stanton Glantz e Elisa Tong acabaram de publicar um novo estudo na revista da Associação Americana do Coração onde demonstram como e porque a indústria do tabaco vem contestando as evidências que relacionam o tabagismo passivo com doenças cardiovasculares. O estudo conclui que a indústria contestou as evidências de que o fumo passivo causa doenças cardiovasculares com o objetivo de lutar contra a implementação de legislação de ambientes livres de fumo ao mesmo tempo em que vem desenvolvendo estratégias para lançar novos produtos que supostamente reduziriam riscos. O interesse da indústria em preservar sua licença para operar afetou a metodologia e a interpretação de seus estudos cardiovasculares, o que indica a necessidade de muito cuidado no debate corrente sobre regulação de produtos derivados do tabaco e no desenvolvimento de produtos supostamente de menor risco. O estudo na integra em inglês pode ser acessado em:

Tabagismo e morte súbita

90% das mães que perdem bebê em morte súbita fumam.

Pesquisa de universidade britânica compilou 21 estudos internacionais sobre o assunto:


BBC Brasil - BBC- Um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, concluiu que nove em cada dez mães que perdem seus bebês para a chamada síndrome da morte súbita infantil (SMSI) ou "morte do berço" são fumantes. A morte súbita acontece quando bebês de até um ano morrem sem apresentar qualquer sintoma, geralmente durante o sono, mas é mais comum nas idades entre um mês e quatro meses. Os pesquisadores analisaram 21 trabalhos internacionais relacionando a SMSI ao cigarro. "A exposição à fumaça de tabaco, tanto no período pré-natal como no pós-natal, leva a uma complexa série de efeitos sobre o desenvolvimento fisiológico e anatômico na vida fetal e pós-natal, juntamente com um aumento na incidência de infecções virais agudas, que colocam os bebês numa posição de risco muito maior em relação à morte súbita infantil", diz o estudo, que será publicado nesta semana na revista médica Early Human Development . O relatório encontrou uma relação linear entre o número de horas de exposição ao tabaco e o risco de morte súbita infantil. "O risco de morte aumenta a cada hora que o bebê é exposto à fumaça. Por exemplo, um bebê que é exposto ao cigarro oito horas por dia tinha oito vezes mais risco de morrer de SMSI que um bebê que nunca foi exposto." Embora a ligação entre o tabagismo da mãe e a morte súbita do bebê já tenha sido demonstrada em outros estudos, a equipe de Bristol quis revelar de forma mais precisa os danos do fumo durante a gestação e após o parto. Os cientistas descobriram, por exemplo, que a proporção de bebês que morreram da síndrome e eram filhos de mulheres fumantes aumentou de 57% para 86% nos últimos 15 anos na Grã-Bretanha. A queda do número de mortes súbitas entre bebês de mães não-fumantes, segundo eles, se deve principalmente ao sucesso das campanhas que instruíam as mulheres a colocar os seus bebês para dormir deitados sobre as suas costas. Essa recomendação teria evitado centenas de mortes por SMSI. O remanescente, portanto, estaria muito provavelmente ligado ao fumo da mãe.

Fonte: Estado de São Paulo

Mais uma vítima do cigarro!!!


Muito emocionada, a atriz Karin Rodrigues, que estava casada com Paulo Autran desde 1974, falou sobre a perda do marido, durante o velório dele, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Ela culpou o cigarro pela morte do ator.Segundo Karin Rodrigues, a causa da morte de Paulo Autran foi insuficiência respiratória em decorrência de enfisema pulmonar. Ela lembrou que o marido, que sofria de câncer no pulmão, fumou por muitos anos e acreditava que, se não fosse fumante, poderia ter mais dez anos de vida."Quando ele descobriu que tinha câncer no pulmão, disse: 'minha vida acabou'. Ele queria que dissessem que morreu porque fumava. As pessoas não tinham motivação de parar de fumar porque falavam que o Paulo fumava muito e continuava vivo. Ele fumava dois maços de cigarro por dia. Com o câncer, passou a fumar menos", completou. Paulo Autran morreu na tarde desta sexta, vítima de parada respiratória decorrente de um enfisema pulmonar. Às 11h, o corpo do ator deixará a Assembléia Legislativa e seguirá para o crematório da Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo. Antes da cremação, haverá uma cerimônia fúnebre restrita à família, parentes e amigos.

Arte antitabagista?!





Projeto formado pelos artistas Delafuente e SAO pinta bueiros de bairros do centro de SP; nome '6 e meia' faz alusão aos ponteiros do relógio, que apontam para o chão, local das obras. Divulgação/6 e Meia

Influência da mídia e tabagismo

Estudo relaciona exposição a cenas de tabagismo no cinema ao hábito de fumar em jovens adultos:


Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia (UCSF), em São Francisco, mostra que a exposição a imagens de tabagismo em filmes apresenta uma forte relação com o início do hábito de fumar entre jovens adultos na faixa dos 18 a25 anos. A faixa etária é considerada decisiva para a decisão de se tornar um novo fumante; largar o hábito de fumar ou de se prosseguir como fumante regular.
Pesquisas anteriores de diversas partes do mundo já haviam concluído que assistir a cenas tabagistas nos filmes estaria relacionado ao recrutamento de fumantes adolescentes, mas esta é a primeira vez que se associa o hábito de fumar de jovens adultos à exposição a cenas de tabagismo nas telas, disse o professor de medicina e diretor do UCSF Center for Tocacco Control Research and Education, Stanton Glantz, PhD e autor do estudo.
- A fase dos 18 aos 25 anos é crítica, quando um terço dos fumantes iniciam o hábito e outros que começaram a fumar quando adolescentes ou largam o cigarro ou se tornam fumantes regulares - disse.
Numa amostra feita com 1.528 adultos, os pesquisadores encontraram uma relação de "causa e efeito" entre a exposição ao tabagismo nas telas e a possibilidade de se ter fumado nos últimos 30 dias. As conclusões deste estudo serão publicadas na edição de novembro do "American Journal of Preventive Medicine".
Segundo a pesquisa da universidade americana, os jovens adultos que mais assistiram a cenas de tabagismo nas telas apresentaram 77% mais de chance de ter fumado ao menos uma vez num período de 30 dias anteriores à avaliação e 86% mais de chances de terem se estabelecido como fumantes regulares em comparação a jovens adultos que foram expostos a uma quantidade menor de cenas ligadas ao hábito de fumar exibidas nos filmes. Os fumantes regulares são definidos como aqueles que já fumaram cem cigarros ou mais e que atualmente fumam, diz o estudo.
" Os filmes os encorajam a experimentar. Criam a expectativa de que o hábito de fumar é ok (Stanton Glantz, USFC) "
Participantes identificaram filmes assistidos de um lista pré-selecionada
As pessoas que fizeram parte do estudo refletem um corte transversal da população americana para a faixa etária pesquisada. Eles colaboraram através de pesquisa feita pela internet. Do grupo de estudo, 24,7% eram fumantes. O formato da pesquisa aplicada é similar ao dos estudos feitos com adolescentes. Os participantes receberam uma lista de 60 filmes, selecionados randomicamente entre os principais lançamentos do período de 2000 a 2004, e foram demandados que identificassem os filmes que haviam visto. Cada participante foi então classificado de acordo com a quantidade de exposição a cenas de tabagismo a que foi submetido.
Os resultados mostram um efeito direto entre a exposição às cenas e o ato de fumar. Os pesquisadores acreditam que dois fatores contribuíram para esta associação: as expectativas positivas sobre o tabagismo e a exposição a amigos e parentes que fumam. - O principal efeito é o recrutamento de novos fumantes entre jovens adultos. Os filmes os encorajam a experimentar. Criam a expectativa de que o hábito de fumar é ok. Uma vez que começam, outros fatores interagem. Os filmes - observa Glantz.
O efeito demonstrado em jovens adultos é menor que os efeitos vistos em adolescentes, mas é comparável a outros fatores de risco ambientais para a iniciação ao tabagismo em jovens adultos, como a exposição a promoções de marcas de cigarros em clubs, bares e eventos universitários, enfatizou. A pesquisa foi custeada pelo Instituto Nacional do Cancer dos EUA e divulgada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).

Concurso Cultural

ACTbr abre inscrições para o Concurso Cultural Vídeos para o Controle do Tabagismo

Até 18 de novembro de 2007, seguirão abertas as inscrições para o Concurso Cultural Vídeos para o Controle do Tabagismo promovido pela ACTbr — Aliança de Controle do Tabagismo. O tema central é "Tabagismo passivo e/ou poluição ambiental tabagística". O objetivo é intensificar a luta contra a epidemia do vício.
Os candidatos podem inscrever quantos trabalhos quiserem seguindo os seguintes critérios: tratar do tema central e apresentar um vídeo de até um minuto.
Não serão aceitos materiais com: teor ofensivo (linguagem chula, palavrões ou apologia à violência), qualquer tipo de plágio, exposição de marcas de cigarros ou produtos derivados de tabaco e material partidário.
Para participar, basta fazer um upload no site http://www.youtube.com
(veja como no site http://www.actbr.org.br). Os trabalhos serão julgados pelo público e por um júri composto por membros da ACTbr, especialistas em controle do tabagismo, em publicidade e em vídeo.
Os três melhores serão premiados com Ipods. Além do regulamento do concurso, a entidade disponibiliza um amplo material sobre o tema em http://www.actbr.org.br/fumopassivo/concurso.asp
Confira e participe!
A ACTbr
A Aliança de Controle do Tabagismo é uma instituição não governamental composta por organizações da sociedade civil, associações médicas, comunidades científicas, ativistas e todos os interessados em acabar com a epidemia tabagista. Saiba mais em www.actbr.org. br.


Anna Monteiro
ACT - Aliança de Controle do Tabagismo
(21)3311-5640 / 8152-8077
anna.monteiro@ actbr.org. br

Legislação não é cumprida

Fumo em locais fechados não é fiscalizado

Por: Cyneida Correa

Foto: Jader Souza
Fumantes desrespeitam a lei até mesmo em locais fechados como restaurantes

O cigarro comum contém mais de 4 mil substâncias tóxicas, todas predispondo o organismo a doenças fatais ou causando a morte precoce. No entanto, a prática do fumo em locais fechados, como restaurantes, por exemplo, não é fiscalizada em Boa Vista, apesar das constantes reclamações de quem se sente incomodado com a fumaça do cigarro.
"Até em locais abertos o cigarro incomoda as pessoas. Imagina só dentro de um restaurante fechado com ar-condicionado ligado. Eu acho um verdadeiro abuso, mas ninguém fiscaliza e, quando reclamamos para o dono do restaurante, ele diz que o fumante também é cliente", declarou a professora Maria Laura.
Ela contou que frequentemente é vítima do que considera um abuso. "O pior é que a pessoa almoça, tira o cigarrinho do bolso na maior cara de pau e nem podemos pedir que se afaste para fumar em local longe de pessoas alérgicas à fumaça ou de qualquer um que não queira ser fumante passivo, porque forma logo uma confusão. Então não temos a quem reclamar", disse.
Outro que frequentemente enfrenta problemas é o funcionário público Marcelo Soares, 32. Ele sofre com problemas respiratórios desde criança e afirma que não tem como escapar da fumaça.
"Tenho que suportar a sufocação, a tosse, a intoxicação causados pela fumaça do cigarro de pessoas sem consciência do mal que fazem aos outros. O pior é que nem ao menos se sabe como enfrentar o problema. A esperança é que as autoridades façam valer a lei que proíbe o fumo em locais fechados", reforçou.
Segundo a representante da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Tereza Mota, não existe nenhuma fiscalização efetiva para a questão. "Apesar de não ser fiscalizado, muita gente respeita e aqui em Boa Vista se observa pouco pessoas fumando em restaurante. Sou favorável à implantação de uma lei específica, pois para quem não fuma esse problema é terrível", declarou.
Um restaurante no Centro da cidade decidiu arriscar e aplicar a legislação antitabagista que o Governo Federal quer ver implementada a partir de janeiro do próximo ano. "Sei que é um risco, mas é para o bem da saúde de todos. Quando vejo um cliente fumando após o almoço, peço para ele apagar o cigarro e deixo claro que é proibido", disse o gerente Pedro David.
Luis Cláudio, um dos funcionários, conta algumas situações engraçadas, como a de um cliente fumante que costuma sentar-se sempre na mesma mesa e folhear o jornal do dia. Um hábito que interrompe para fumar o cigarrinho da praxe. "Ele deixa o jornal aberto e pede para não deixar ninguém mexer nele enquanto vai matar o vício", disse.
Legislação não é cumprida
O governo cobra dos municípios o cumprimento da Lei Federal 9294/96, que proíbe o fumo em locais fechados. Segundo a lei federal em vigor, no seu artigo 2º, "é proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos e cachimbos em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente" .
O Estado também tem uma lei em vigor há mais de 15 anos, que trata da questão e deixa clara a proibição da prática do tabagismo em locais fechados.
Segundo a Lei 020, de novembro de 1992, é proibida a prática de tabagismo em quaisquer locais fechados e de uso público, onde for obrigatório o trânsito e a permanência de pessoas.
Apesar disso, a Vigilância Estadual afirma que a responsabilidade da fiscalização em restaurantes é do Município. Liduina Camelo de Melo, diretora do Departamento de Tabagismo da Secretaria Estadual de Saúde, explicou que existe uma luta por parte de todos para que a legislação de combate ao fumo fique mais rígida.
"Queremos um ambiente 100% livre do cigarro. As pessoas não respeitam os ambientes, apesar de saber dos malefícios que o cigarro pode provocar", afirmou.

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