Obama, um ex-fumante, admite alguns deslizes na dificuldade em acabar com o hábito

The New York Times:
O presidente eleito Barack Obama falou durante o fim de semana que ele ainda não acabou totalmente com seu hábito de fumar que durou duas décadas. Obama disse que parou de fumar no começo de sua campanha para a presidência, no começo de 2007. Mas depois admitiu ter dado algumas tragadas dos cigarros de outras pessoas, e na semana passada, disse à Barbara Walters “saiu dos trilhos”.
Em uma entrevista neste domingo, 7, no “Meet the Press” da emissora NBC, Obama foi pressionado a dizer se ele realmente havia parado. “O que eu diria, é que – eu tenho feito ótimo trabalho, sob as circunstâncias, de me tornar muito mais saudável”, respondeu Obama, apontando que ele ao menos parou de fumar enquanto estava concorrendo, o que é a maior pressão do mundo.
Ao ser questionado se ele quebrará o banimento de fumar na Avenida Pennsylvania 1600, Obama disse que “Eu acho que não verá nenhuma dessas violações de regras na Casa Branca”. ( Como um bom político, ele tentou escapar do assunto, não deixando claro se realmente irá parar de fumar, apontando meramente que não irá fumar na Mansão Executiva).
Seu médico, Dr. David L. Scheiner, escreveu em maio que Obama havia usado Nicorette (chiclete de nicotina) para tentar parar de fumar e te sucesso, mas sem definir o sucesso.

Por: KATHARINE Q. SEELYE
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Estratégias da indústria do tabaco para desqualificar estudos sobre tabagismo passivo


Vários milhões de documentos internos de grandes companhias de fumo, que vieram a conhecimento público através de uma ação judicial nos EUA, demonstram que, há anos, a indústria do tabaco desenvolve estratégias para contrapor-se a estudos que evidencia, os graves riscos do tabagismo passivo.Um exemplo é o chamado “Projeto Latino”, através do qual a Philip Morris Internacional e a British American Tobacco criaram uma rede de médicos e cientistas de projeção para gerar argumentos científicos com o objetivo de minimizar os efeitos da fumaça ambiental de tabaco sobre a saúde, produzir estimativas baixas para o nível de exposição e para fazer lobby contra ambientes livres de fumaça de tabaco em locais de trabalho e públicos. O artigo O sucesso da indústria do tabaco na obstrução de medidas legislativas relacionadas à fumaça ambiental de tabaco na América Latina. Outro a artigo demonstra os esforços da Philip Morris para influenciar jornalistas norte americanos e europeus para desqualificar a avaliação sobre o risco da fumaça ambiental de tabaco do relatório da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (US EPA).

Tribunal anula sentença judicial que concedia indenização a fumantes


A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) anulou, ontem, decisão de primeira instância que havia acolhido as pretensões indenizatórias da Associação de Defesa da Saúde do Fumante (Adesf) contra as fabricantes de cigarros Souza Cruz e Philip Morris. O Tribunal acolheu os recursos das fabricantes por entender que a decisão de primeira instância contrariou o princípio constitucional da ampla defesa, vez que não foi dada a oportunidade para as fabricantes produzirem quaisquer provas, inclusive as perícias que já haviam sido determinadas pelo próprio Tribunal. Este caso teve origem em uma ação coletiva proposta na 19ª Vara Cível de São Paulo, em julho de 1995. A sentença, proferida em 2004 e anulada ontem pelo TJSP, havia acolhido os pedidos da Adesf e condenado genericamente as empresas a pagar indenização por danos materiais atribuídos ao fumo (em valores a serem apurados em bases individuais) e danos morais (no valor de R$ 1.000,00 por ano completo de consumo) para todos os "consumidores dos produtos das rés", além da inserção nas embalagens de cigarro de advertência que já havia sido regulada pelo Ministério da Saúde, em 1999. Com a nova decisão, o processo volta para primeira instância para produção de provas e novo julgamento. No entendimento da Souza Cruz, ações coletivas, como a julgada ontem, não são o meio adequado para se pleitear os interesses individuais dos fumantes ou ex-fumantes, que possuem diferentes hábitos de vida, predisposição genética, históricos médicos e de exposição a diferentes fatores de risco. "Nesses casos, prevalecem os aspectos individuais sobre os coletivos, aspectos esses que, invariavelmente, deverão ser apurados em ações individuais próprias, mediante a produção de provas individualizadas, para fins de aferição de eventual dever de indenizar, razão pela qual a ação coletiva movida pela Adesf não se justifica", afirma a empresa em comunicado enviado à imprensa. Todas as ações coletivas dessa natureza já julgadas em definitivo pelo Judiciário brasileiro foram encerradas sem a pretendida responsabilização das fabricantes. Somente o TJSP já proferiu mais de 30 decisões rejeitando os pedidos indenizatórios.

Fumaça do cigarro pode mudar forma do coração

Um estudo realizado com cobaias nos Estados Unidos indica que a fumaça do cigarro pode causar transformações no formato do coração.
Na pesquisa, os cientistas da Universidade de Illinois usaram dois grupos de ratos, colocando um deles em um ambiente com fumaça de cigarros e o outro em um ambiente com ar limpo. Depois de cinco semanas, os roedores passaram por ecocardiogramas, e os estudiosos descobriram que os que haviam sido expostos à fumaça do cigarro haviam sofrido mudanças significativas no formato do ventrículo esquerdo.
Amostras do tecido cardíaco das cobaias foram analisadas e confirmaram um aumento nos níveis da forma ativada de uma enzima associada ao crescimento e sobrevivência das células no coração. De acordo com Mariann Piano, que liderou o estudo, a ativação dessa enzima pode ser chave no surgimento de cardiopatias associadas ao hábito de fumar.
Hormônio
Na urina dos animais que inalaram a fumaça também foi verificado o aumento na presença de um hormônio, a neuroepinefrina, que é liberado pelo organismo em situações de estresse e causa uma série de alterações fisiológicas.
Piano diz acreditar que males do coração provavelmente surgem como resultado da interação das substâncias presentes no cigarro."A fumaça do cigarro contém mais de 4 mil substâncias químicas diferentes, uma das quais é a nicotina", disse."Entretanto, o efeito da nicotina no desencadeamento e evolução de eventos cardiovasculares induzidos pela fumaça do cigarro continua sendo um tema polêmico."O estudo foi divulgado na edição de novembro da publicação científica European Journal of Heart Failure. (Fonte: BBC Brasil)

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