Redução do tabagismo

Médicos relatam primeiro caso de ‘pulmão de pipoca’ relacionado a cigarros eletrônicos


Raio-x do tórax de um rapaz de 17 anos, feita dois dias após a internação hospitalar, mostrando sinais de "pulmão de pipoca". Imagem: S. T. Landman, et al., 2019/CMAJ

Um adolescente canadense desenvolveu uma condição de risco conhecida como “pulmão de pipoca” depois de utilizar um cigarro eletrônico por vários meses. Esse é o primeiro caso médico ligando essa doença pulmonar crônica ao uso de produtos desse tipo.
Pulmão de pipoca ou a doença pulmonar da pipoca é conhecida formalmente como bronquiolite obliterante. Ela ganhou esse apelido porque foi documentada pela primeira vez em 2000, em trabalhadores de uma fábrica de pipoca de microondas que foram expostos ao aromatizante químico diacetil.
A condição também foi documentada entre trabalhadores que torravam café moído, um processo que produz diacetilo naturalmente.
Um novo estudo de caso publicado no Canadian Medical Association Journal, de co-autoria da pneumologista Karen Bosma da Western University em Ontário, Canadá, é o primeiro a ligar a condição do pulmão de pipoca aos cigarros eletrônicos, ou mais especificamente, a inalação de líquidos de vaporizadores aromatizados e que contém diacetil.
O caso revela uma nova forma de lesão pulmonar ligada ao uso de cigarros eletrônicos, já que o pulmão de pipoca é diferente da doença pulmonar ligada ao uso de vaporizadores que dominou as manchetes deste ano, chamada nos EUA de EVALI, uma sigla para “uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaíng associado à lesão pulmonar.”
O pulmão de pipoca ocorre após irritantes químicos, especificamente o diacetil (também conhecido como 2,3-butanodiona), cicatrizarem os bronquíolos — as menores vias aéreas nos pulmões — dificultando a livre circulação do ar. A substância química causa a formação de nódulos nos bronquíolos, que aparecem como botões dos ramos de árvores.
De acordo com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), os principais sintomas respiratórios do pulmão de pipoca incluem:
Tosse (geralmente sem catarro), chiado, e piora da falta de ar ao se esforçar. A gravidade dos sintomas pulmonares pode variar de tosse leve a grave. Estes sintomas normalmente não melhoram quando o trabalhador volta para casa no final do dia de trabalho ou nos fins de semana ou férias.
Normalmente, os sintomas são graduais no início e progressivos, mas sintomas graves podem ocorrer de repente. Alguns trabalhadores podem ter febre, suores noturnos e perda de peso. Antes de chegar a um diagnóstico final, os médicos das pessoas afetadas podem confundir os sintomas com asma, bronquite crônica, enfisema, pneumonia ou tabagismo.
Esse último caso não envolveu fábricas de pipocas ou de café. Em vez disso, o paciente foi um garoto de 17 anos que trabalhava em um restaurante de fast food.
De acordo com o estudo de caso, o adolescente procurou atendimento médico após desenvolver tosse persistente, febre e cansaço. O adolescente tinha consumido produtos de cigarro eletrônico “intensamente” por um período de cinco meses, usando cartuchos de diferentes sabores, especificamente “Mountain Dew” (um refrigerante), “maçã verde” e “algodão doce”, que ele comprou de um varejista canadense pela internet.
Às vezes, ele adicionava THC ao cigarro eletrônico, o ingrediente psicoactivo encontrado na maconha. Em algumas ocasiões ele também consumiu maconha em um bong. O paciente também tinha o hábito inalar profundamente ao usar o cigarro eletrônico, de acordo com seus pais.
Os pesquisadores não conhecem a marca ou fabricante dos produtos de e-cigarro utilizados, segundo um porta-voz que escreveu ao Gizmodo em nome dos autores do estudo de caso.
A condição do adolescente piorou, então a equipe do hospital o internou na unidade de terapia intensiva. Ele conseguiu evitar um transplante pulmonar, algo que seus médicos chegaram a considerar seriamente.
Sua condição acabou melhorando após receber altas doses de corticosteroides, e ele foi retirado gradualmente de um dispositivo de oxigenação por membrana extracorpórea (uma máquina que bombeia e oxigena o sangue fora do corpo) e ventilação mecânica. Ele teve alta depois de passar 47 dias no hospital.
Infelizmente, é provável que o adolescente tenha efeitos a longo prazo, uma vez que a condição é crônica. Vários meses após a alta hospitalar, “sua tolerância a exercícios físicos permaneceu limitada e os testes de função pulmonar mostraram obstrução persistente e fixa do fluxo aéreo com aprisionamento [de ar]”, segundo o estudo de caso.
Os autores do estudo atribuíram a doença ao uso de vaporizadores e à inalação dos líquidos de aromatizados, após descartar outras possibilidades.
“Este caso de bronquiolite aguda grave, que causou insuficiência respiratória quase fatal e obstrução crônica do fluxo aéreo em um jovem canadense que era saudável, pode representar bronquiolite obliterante associada aos cigarros eletrônicos”, concluiu o autor do estudo de caso.
Pesquisas anteriores identificaram vestígios de diacetilo em muitos sabores de líquidos de vaporizadores. A União Europeia já proibiu a utilização de diacetilo nos cigarros eletrônicos. Não existe tal proibição nos Estados Unidos ou no Canadá.
No Brasil, dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos desde 2009. Apesar disso, muitas pessoas consomem esse tipo de produto, na maioria das vezes importados. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirma que está discutindo uma atualização a partir de novas pesquisas e que o assunto está na Agenda Regulatória 2017-2020, no item “Novos tipos de produtos fumígenos”.
Os autores do estudo de caso afirmam que é necessária mais investigação, bem como uma regulamentação mais rigorosa dos cigarros eletrônicos. Em um e-mail para o Gizmodo, Bosma disse que seu conselho às pessoas que não fumam cigarros tradicionais de tabaco, mas estão considerando cigarros eletrônicos, é simples: evite.
“Se você está considerando usar cigarro eletrônico pela primeira vez, por favor, esteja ciente do risco de adquirir uma doença pulmonar potencialmente crônica e que traz risco à vida”, disse ela. “Se você é um fumante de cigarros de tabaco e está considerando tentar o cigarro eletrônico como um meio de parar de fumar, por favor, fale com seu médico sobre outras terapias de reposição de nicotina, como goma de nicotina ou adesivo de nicotina”.
Quanto às pessoas que atualmente usam vaporizadores Bosma pediu para que “estejam cientes de que acreditamos que há riscos no uso desses produtos, mesmo quando os produtos de e-cigarros são comprados em varejistas autorizados e sem THC”.
“Há outros produtos químicos potencialmente nocivos em líquidos de cigarros eletrônicos que podem representar risco de danificar seus pulmões”, completou.
As doenças relacionadas ao cigarro eletrônico estão se tornando cada vez mais comuns. Mais de dois mil americanos foram diagnosticados com uma doença pulmonar relacionada aos vaporizadores, e houve pelo menos 39 mortes nos Estados Unidos, de acordo com o CDC. No Canadá, o e-cigarro foi associado a pelo menos oito casos de doenças graves. [Fonte: Gizmodo.UOL]

Evali: é doença relacionada ao uso de cigarro eletrônico


A doença pulmonar relacionada ao uso de cigarro eletrônico ganhou um nome: Evali, uma sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping. A denominação foi dada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), em um guia publicado na sexta-feira (11). Até o momento, naquele país, foram reportados 1.299 casos e 26 mortes associados à condição. Como ainda não se sabe a real causa das lesões pulmonares e a única coisa em comum entre todos os casos é que os pacientes relataram o uso de cigarro eletrônico ou vaping, a recomendação é que a população americana deixe de usar esses produtos, especialmente os que contenham THC (um dos princípios ativos da maconha) e nicotina.

O guia ainda sugere aos adultos que estiverem usando produtos de cigarro eletrônico ou vaping para parar de fumar, que troquem a estratégia por tratamentos baseados em evidências, incluindo aconselhamento de prestadores de cuidados de saúde e medicamentos aprovados pela FDA, agência que fiscaliza os medicamentos e alimentos dos Estados Unidos. "Se as pessoas continuarem a usar esses produtos, devem monitorar-se cuidadosamente quanto a sintomas e procurar um médico imediatamente se os sinais se desenvolverem (...). Não existe produto de tabaco seguro, e o uso de qualquer um deles, incluindo cigarros eletrônicos, representa um risco."

O que é a Evali? Embora os problemas reportados pelos pacientes tenham ligação com o uso de cigarros eletrônicos, mais dados ainda são necessários para ter certeza sobre o que está causando a doença respiratória misteriosa. De acordo com o jornal britânico The Independent, os sintomas descritos antes da hospitalização são dificuldade de respirar e dor no peito. Uma vez internados, os pacientes apresentaram febre, tosse, vômito e diarreia. Em sua nova orientação, o CDC pede aos médicos que estejam em alerta máximo à medida que a temporada de gripe aumenta no país. A infecção e outros vírus respiratórios têm sintomas semelhantes a um caso de Evali. Em ambos os casos, os pacientes podem ter falta de ar, suores noturnos, baixos níveis de oxigênio e pontos turvos na radiografia de pulmão. "Qualquer indivíduo pode ter uma lesão pulmonar, uma infecção ou ambos", disse Ram Koppaka, médico do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias do CDC, à revista Scientific American, na sexta-feira. Um estudo publicado pelo periódico Thorax revelou que o vapor desses cigarros eletrônicos pode ser responsável por desativar as principais células do sistema imunológico no pulmão e aumentar as inflamações no organismo. "O problema é que há poucos estudos sobre o que as substâncias que produzem o vapor do cigarro eletrônico causam na saúde", explica.

Jovens veem o "vape" como produto seguro Para o médico Paulo Corrêa*, pneumologista da Comissão Científica de Tabagismo da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), os aparelhos para o vaping são comercializados, ainda que proibidos, de forma livre e como um produto seguro —o que não é o caso. "Muitos jovens usam achando que a fumaça é apenas vapor de água, mas não é verdade", diz. "O líquido contém substâncias como glicerol e propileno glicol, que podem originar substâncias cancerígenas depois de aquecidas." Além disso, há ainda a adição de nicotina em muitos deles. A substância também está presente no cigarro comum e é conhecida por causar dependência. "Os usuários acreditam estar fumando algo moderno e personalizável, mas na verdade estão com um produto que pode fazer tanto mal quanto o cigarro comum", diz. Martins ressalta a importância de que os novos usuários estejam avisados dos riscos que correm ao utilizar esse produto. "Não sabemos se trocamos seis por meia dúzia. Quem quiser usar precisa saber que pode entrar nessa moda e sair doente." [Fonte: UOL]

EUA registram primeira morte em decorrência do uso de cigarros eletrônicos

 Nesta sexta-feira (23/08/2019), oficiais de saúde dos Estados Unidos confirmaram a primeira morte de uma pessoa devido a complicações causadas pelo uso de cigarros eletrônicos. A morte ocorreu no estado de Illinois e não foi revelado o nome nem o gênero do paciente, sabendo-se apenas que se trata de uma pessoa na faixa etária entre 17 e 38 anos.

Segundo informado pelos oficiais de saúde, o paciente morreu de complicações respiratórias que teriam sido causadas pelo uso prolongado de cigarro eletrônico. Ainda que esta seja a primeira morte confirmada no país por conta de uma doença causada pelo uso do aparelho, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de doenças (CDC), outras 149 pessoas nos Estados Unidos estariam doentes por causa desses cigarros, abrindo possibilidade para o surgimento de mais vítimas nos próximos meses.

De acordo com o Dr. Ngozi Ezike, diretor do Departamento de Saúde Pública de Illinois, oficiais do CDC já chegaram ao estado para investigar não apenas o paciente morto, mas também os outros 22 casos de complicações pulmonares relacionados ao consumo de cigarros eletrônicos. Para Ezike, o quantidade de casos é alarmante, e é preciso criar uma campanha de conscientização das pessoas sobre os perigos desses equipamentos.

Todos os pacientes afetados apresentam sintomas que incluem tosse, fadiga e falta de ar, além de vômitos e diarreias em alguns casos. O CDC afirma que será necessário uma investigação mais profunda para se confirmar que todos os 149 casos foram realmente causados pelo uso de cigarros eletrônicos, mas nenhum desses pacientes apresentam sinais de que seja alguma doença infecciosa (causada por vírus ou bactérias) e o que todos possuem em comum é apenas o hábito de fumar cigarros eletrônicos.[Fonte: Yahoo]

EUA investigam doença misteriosa ligada ao cigarro eletrônico

As autoridades de saúde dos Estados Unidos estão investigando uma doença pulmonar misteriosa em adolescentes e jovens adultos que pode ter ligação com o uso de cigarro eletrônico, o chamado “vaping”.
Há relatos de que 94 pessoas apresentaram o problema em 14 estados americanos, incluindo Califórnia, Indiana e Wisconsin. Parte dessas pessoas estão internadas em unidades de terapia intensiva, com dificuldade respiratória.

Não há evidências conclusivas de que uma doença infecciosa esteja causando a enfermidade. E, de acordo com os médicos, não está claro se os pacientes internados vão se recuperar totalmente.

homem fumando cigarro eletrônico
Crédito: HAZEMMKAMAL/istockDoença misteriosa provoca dificuldade de respirar e dor no peito

Sintomas

De acordo com o jornal britânico The Independent, os sintomas da doença incluem dificuldade para respirar, falta de ar ou dor no peito. Autoridades de saúde disseram que os pacientes também relataram febre, tosse, vômito e diarreia.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disseram que autoridades estão trabalhando com departamentos de saúde em pelo menos cinco estados com casos confirmados  para determinar a causa da doença.

Embora alguns dos casos pareçam semelhantes, as autoridades disseram que não sabem se as doenças estão associadas aos dispositivos de cigarros eletrônicos ou a ingredientes ou contaminantes específicos inalados através deles.

Epidemia do vaping

O uso de cigarros eletrônicos se tornou popular na última década, apesar de pouca pesquisa sobre seus efeitos a longo prazo.

Nos últimos anos, autoridades de saúde alertaram para uma epidemia de vaping entre adolescentes menores de idade.

Embora comuns nos EUA, no Brasil,  sua comercialização é proibida pela Anvisa desde 2009.  A proibição leva em consideração a falta de evidências científicas sobre a segurança desse tipo de produto. Apesar disso, é possível encontrar à venda esse tipo de cigarro em sites e em lojas no centro de São Paulo. [Fonte: Catraca Livre]

29 de Agosto - Dia Nacional de combate ao Tabagismo

 

Prezados (as): 


Segue cartaz alusivo ao dia 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo. 
Em 2019, o tema é “TABACO OU SAÚDE – O USO DO NARGUILÉ”. A campanha tem como objetivo aumentar a conscientização sobre:
• O impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde.
• O papel fundamental que os pulmões desempenham na saúde e no bem-estar de todas as pessoas.



Pretende-se com essa campanha alertar a população brasileira sobre os riscos de doenças pulmonares associadas ao consumo de tabaco e de seus produtos derivados. 


POR UM MUNDO SEM TABACO
INCA -
 Instituto Nacional de Câncer
MP - DITAB - Divisão de Controle do Tabagismo

+
 porummundosemtabaco@inca.gov.br
)
 Tel.:+55 21 3207-6123, +55 21 3207-5977  

INCA lança manifesto por Brasil livre do tabaco


Instituto defende manutenção de resolução da Anvisa que proíbe comercialização de cigarros eletrônicos em todo o País .

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009, proibiu a comercialização de cigarros eletrônicos. Mas os fabricantes têm alegado em campanhas e promoções de tal produto, inclusive no meio científico, que trariam menos danos individuais quando comparados aos cigarros convencionais. Por outro lado, as evidências científicas revelam que cigarros eletrônicos trazem riscos de aumento de iniciação entre os não fumantes, presença de substâncias cancerígenas no vapor, evidência de danos celulares, aumento da chance de infarto agudo do miocárdio e asma. 
  
Conheça o manifesto do INCA em favor da resolução da Anvisa que proíbe o uso de cigarros eletrônicos: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//apoio_a_manutencao_da_rdc_46_2009_inca.pdf 

Fonte: https://www.inca.gov.br/noticias/inca-lanca-manifesto-por-brasil-livre-do-tabaco 


POR UM MUNDO SEM TABACO
INCA -
 Instituto Nacional de Câncer
MP - DITAB - Divisão de Controle do Tabagismo

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“Queremos ser o primeiro país livre do tabaco”. A manifestação é do Ministro da Saúde e foi feita durante a cerimônia de lançamento do sétimo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a epidemia global do tabagismo, em 26 de julho de 2019, no Rio de Janeiro. Neste relatório, o Brasil foi reconhecido, ao lado da Turquia, por ter implementado, no mais alto nível, as seis estratégias propostas no pacote intitulado MPower contra o tabagismo. Continue Lendo o Manifesto Aqui!

31 de Maio - Dia Mundial Sem Tabaco

O Dia Mundial Sem Tabaco – 31 de maio – foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o INCA é o responsável pela divulgação e elaboração do material técnico para subsidiar as comemorações em níveis federal, estadual e municipal.


Para 2019, a OMS definiu o tema “Tabaco e saúde pulmonar” 




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