Tabagismo aumenta risco de refluxo gastroesofágico e doença de Crohn


O cigarro mata cerca de metade dos seus usuários, ceifando aproximadamente seis milhões de vida, no mundo, anualmente. Além disso, o tabagismo afeta o sistema digestivo de várias maneiras.
Foram identificados mais de 60 agentes carcinogênicos na fumaça do cigarro, como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, N-nitrosaminas, metais e aldeídos, capazes de causar danos diretamente ao DNA das células. Outro mecanismo através do qual o tabagismo afeta o DNA é pela hipermetilação do material genético. O dano direto causado ao material genético e sua hipermetilação leva à ativação ou inibição da função de alguns genes e, como resultado final, temos um risco aumentado de tumores. Fumar aumenta o risco de câncer de boca, esôfago, estômago, pâncreas, fígado e intestino.
Todo fumante deve procurar se informar sobre os efeitos nocivos do tabagismo e, ao decidir combater o vício, procurar ajuda médica para ajudar nesse processo.
Além desse aumento no risco de neoplasias, esse hábito leva a uma redução no tônus do esfíncter esofagiano inferior, exatamente o esfíncter que se encontra no limite entre o esôfago e estômago, e consequentemente predispõe à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Foi mostrado também que quem continua fumando apresenta um risco maior de desenvolver as complicações da DRGE, como câncer e estenose de esôfago.
O tabagismo reduz o fluxo sanguíneo para a mucosa do trato digestivo e diminui a produção de muco no estômago, aumentando a chance de uma pessoa portadora de gastrite por H. pylori desenvolver uma úlcera péptica.
Quando o assunto é intestino, sabe-se que fumar aumenta o risco de doença de Crohn, uma doença inflamatória que afeta todo trato gastrointestinal. Pelos mecanismos de alterações genéticas discutidos acima, também há aumento na chance de desenvolver pólipos intestinais.
Alguns estudos mostram que o tabagismo aumenta o risco de cálculos de vesícula biliar, cirrose, complicações da esteatose hepática e pancreatite.
Parar de fumar ajuda a reverter grande parte desses riscos citados acima e, em algumas horas, já é possível notar alterações positivas, como uma melhora na circulação do trato gastrointestinal. Entre as doenças que tem seu prognóstico melhorado ao cessar o tabagismo podemos citar a DREG, úlcera péptica e doença de Crohn.
Um único cigarro já pode causar alterações no trato digestivo e, mais importante, não se pode esquecer que é a partir do primeiro cigarro que começa o risco da dependência. 
Todo fumante deve procurar se informar sobre os efeitos nocivos do tabagismo e, ao decidir combater o vício, procurar ajuda médica para ajudar nesse processo. [Fonte: Yahoo]

Estudo mostra que 2/3 dos fumantes morrerão por causa do cigarro

Um amplo estudo com mais de 200 mil pessoas confirmou que dois a cada três fumantes morrerão de doenças relacionadas ao cigarro, caso continuem fumando. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália, é a primeira evidência científica independente - isto é, não ligada a associações militantes -, com uma amostra populacional tão grande, a fornecer evidências de que a taxa de mortalidade ligada ao tabagismo chega a dois terços. O estudo foi publicado na revista científica BMC Medicine.

"Já sabíamos que fumar é ruim, mas agora temos uma prova direta e independente que confirma as preocupantes descobertas que têm surgido internacionalmente, disse a coordenadora do estudo, Emily Banks, pesquisadora da universidade australiana.

De acordo com ela, o estudo mostrou também que os fumantes têm um risco três vezes maior de morte prematura e que eles morrerão, em média, cerca de 10 anos antes dos não-fumantes.

Segundo os autores do estudo, até recentemente estimava-se que metade dos fumantes morreriam por causa do cigarro, mas um estudo posterior feito com voluntários da Sociedade Americana de Câncer já indicava que a morte pelo cigarro poderia atingir 67% dos fumantes. "Nós conseguimos mostrar exatamente o mesmo resultado com uma amostra populacional muito maior", disse Banks.

A pesquisa foi o resultado de uma análise de quatro anos das informações sobre a saúde de mais de 200 mil homens e mulheres que participaram do estudo "45 and Up", do Instituto Sax, da Austrália, considerado a maior pesquisa sobre saúde e envelhecimento realizada no Hemisfério Sul. 

A Austrália tem uma das mais baixas taxas de tabagismo do mundo - apenas 13% da população - e é líder internacional em embalagens genéricas de cigarro, quando as caixas e maços são padronizadas e não podem ter marcas, cores, imagens ou logotipos.

"Mesmo com as baixas taxas de tabagismo que temos na Austrália, nossa descoberta é um importante alerta de que a guerra contra o tabaco ainda não foi vencida - e os esforços para o controle do tabagismo precisam seguir adiante", disse Banks.

A pesquisa também apontou que, em comparação aos não fumantes, quem fuma apenas 10 cigarros por dia dobra o risco de morte, enquanto quem fuma um maço por dia aumenta o risco de morte de quatro a cinco vezes. O estudo, conduzido por uma equipe internacional, foi apoiado pela Fundação Nacional do Coração, da Austrália, em colaboração com o Conselho do Câncer de New South Wales.

O presidente do conselho, Kerry Doyle, afirmou que o governo australiano está no caminho certo para diminuir ainda mais as taxas de tabagismo, por meio de iniciativas como o aumento de impostos e a embalagem genérica.

"Os preços mais altos do cigarro têm se mostrado a intervenção mais eficaz disponível para todos os governos que queiram reduzir a demanda de tabaco. Como o tabagismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, incluindo enfarte, derrame e doença vascular periférica, quanto mais fatores de dissuasão as pessoas tiverem entre elas e o cigarro, melhor", disse Doyle. [Fonte: Yahoo Notícias]

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