Obama, um ex-fumante, admite alguns deslizes na dificuldade em acabar com o hábito

The New York Times:
O presidente eleito Barack Obama falou durante o fim de semana que ele ainda não acabou totalmente com seu hábito de fumar que durou duas décadas. Obama disse que parou de fumar no começo de sua campanha para a presidência, no começo de 2007. Mas depois admitiu ter dado algumas tragadas dos cigarros de outras pessoas, e na semana passada, disse à Barbara Walters “saiu dos trilhos”.
Em uma entrevista neste domingo, 7, no “Meet the Press” da emissora NBC, Obama foi pressionado a dizer se ele realmente havia parado. “O que eu diria, é que – eu tenho feito ótimo trabalho, sob as circunstâncias, de me tornar muito mais saudável”, respondeu Obama, apontando que ele ao menos parou de fumar enquanto estava concorrendo, o que é a maior pressão do mundo.
Ao ser questionado se ele quebrará o banimento de fumar na Avenida Pennsylvania 1600, Obama disse que “Eu acho que não verá nenhuma dessas violações de regras na Casa Branca”. ( Como um bom político, ele tentou escapar do assunto, não deixando claro se realmente irá parar de fumar, apontando meramente que não irá fumar na Mansão Executiva).
Seu médico, Dr. David L. Scheiner, escreveu em maio que Obama havia usado Nicorette (chiclete de nicotina) para tentar parar de fumar e te sucesso, mas sem definir o sucesso.

Por: KATHARINE Q. SEELYE
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Estratégias da indústria do tabaco para desqualificar estudos sobre tabagismo passivo


Vários milhões de documentos internos de grandes companhias de fumo, que vieram a conhecimento público através de uma ação judicial nos EUA, demonstram que, há anos, a indústria do tabaco desenvolve estratégias para contrapor-se a estudos que evidencia, os graves riscos do tabagismo passivo.Um exemplo é o chamado “Projeto Latino”, através do qual a Philip Morris Internacional e a British American Tobacco criaram uma rede de médicos e cientistas de projeção para gerar argumentos científicos com o objetivo de minimizar os efeitos da fumaça ambiental de tabaco sobre a saúde, produzir estimativas baixas para o nível de exposição e para fazer lobby contra ambientes livres de fumaça de tabaco em locais de trabalho e públicos. O artigo O sucesso da indústria do tabaco na obstrução de medidas legislativas relacionadas à fumaça ambiental de tabaco na América Latina. Outro a artigo demonstra os esforços da Philip Morris para influenciar jornalistas norte americanos e europeus para desqualificar a avaliação sobre o risco da fumaça ambiental de tabaco do relatório da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (US EPA).

Tribunal anula sentença judicial que concedia indenização a fumantes


A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) anulou, ontem, decisão de primeira instância que havia acolhido as pretensões indenizatórias da Associação de Defesa da Saúde do Fumante (Adesf) contra as fabricantes de cigarros Souza Cruz e Philip Morris. O Tribunal acolheu os recursos das fabricantes por entender que a decisão de primeira instância contrariou o princípio constitucional da ampla defesa, vez que não foi dada a oportunidade para as fabricantes produzirem quaisquer provas, inclusive as perícias que já haviam sido determinadas pelo próprio Tribunal. Este caso teve origem em uma ação coletiva proposta na 19ª Vara Cível de São Paulo, em julho de 1995. A sentença, proferida em 2004 e anulada ontem pelo TJSP, havia acolhido os pedidos da Adesf e condenado genericamente as empresas a pagar indenização por danos materiais atribuídos ao fumo (em valores a serem apurados em bases individuais) e danos morais (no valor de R$ 1.000,00 por ano completo de consumo) para todos os "consumidores dos produtos das rés", além da inserção nas embalagens de cigarro de advertência que já havia sido regulada pelo Ministério da Saúde, em 1999. Com a nova decisão, o processo volta para primeira instância para produção de provas e novo julgamento. No entendimento da Souza Cruz, ações coletivas, como a julgada ontem, não são o meio adequado para se pleitear os interesses individuais dos fumantes ou ex-fumantes, que possuem diferentes hábitos de vida, predisposição genética, históricos médicos e de exposição a diferentes fatores de risco. "Nesses casos, prevalecem os aspectos individuais sobre os coletivos, aspectos esses que, invariavelmente, deverão ser apurados em ações individuais próprias, mediante a produção de provas individualizadas, para fins de aferição de eventual dever de indenizar, razão pela qual a ação coletiva movida pela Adesf não se justifica", afirma a empresa em comunicado enviado à imprensa. Todas as ações coletivas dessa natureza já julgadas em definitivo pelo Judiciário brasileiro foram encerradas sem a pretendida responsabilização das fabricantes. Somente o TJSP já proferiu mais de 30 decisões rejeitando os pedidos indenizatórios.

Fumaça do cigarro pode mudar forma do coração

Um estudo realizado com cobaias nos Estados Unidos indica que a fumaça do cigarro pode causar transformações no formato do coração.
Na pesquisa, os cientistas da Universidade de Illinois usaram dois grupos de ratos, colocando um deles em um ambiente com fumaça de cigarros e o outro em um ambiente com ar limpo. Depois de cinco semanas, os roedores passaram por ecocardiogramas, e os estudiosos descobriram que os que haviam sido expostos à fumaça do cigarro haviam sofrido mudanças significativas no formato do ventrículo esquerdo.
Amostras do tecido cardíaco das cobaias foram analisadas e confirmaram um aumento nos níveis da forma ativada de uma enzima associada ao crescimento e sobrevivência das células no coração. De acordo com Mariann Piano, que liderou o estudo, a ativação dessa enzima pode ser chave no surgimento de cardiopatias associadas ao hábito de fumar.
Hormônio
Na urina dos animais que inalaram a fumaça também foi verificado o aumento na presença de um hormônio, a neuroepinefrina, que é liberado pelo organismo em situações de estresse e causa uma série de alterações fisiológicas.
Piano diz acreditar que males do coração provavelmente surgem como resultado da interação das substâncias presentes no cigarro."A fumaça do cigarro contém mais de 4 mil substâncias químicas diferentes, uma das quais é a nicotina", disse."Entretanto, o efeito da nicotina no desencadeamento e evolução de eventos cardiovasculares induzidos pela fumaça do cigarro continua sendo um tema polêmico."O estudo foi divulgado na edição de novembro da publicação científica European Journal of Heart Failure. (Fonte: BBC Brasil)

Vestidos de 'morte', protestantes levam cigarro gigante para Assembléia

Ao todo, foram 200 cruzes para lembrar mortes decorridas do fumo. Representantes do comitê contra o cigarro vestiram fantasias de morte.

Para lembrar as 200 mil mortes causas em decorrência do tabaco todo ano no Brasil, 200 cruzes foram colocadas em frente à Assembléia Legislativa de São Paulo, na Zona Sul, nesta terça-feira (11). A manifestação foi organizada pelo Comitê Estadual por Ambientes Livres de Tabaco (Cepalt), que vestiu seus representantes com fantasias simbolizando a morte. O ato público apóia a votação e aprovação de um projeto de lei que proíbe o fumo em lugares fechados em São Paulo. (Foto Sérgio Castro/ AE)

O drama dos filhos de fumantes...

Jonathan Gabriel, 11 meses, está internado com problemas respiratórios. Dos seus onze meses de vida, três deles Jonathan Gabriel passou internado em hospitais pediátricos, sendo tratado de complicações respiratórias provocadas pelo fumo passivo. Sua mãe, Maria das Graças Oliveira Medeiros, 19 anos, é ex-fumante; mas seu marido e sua sogra não largaram o cigarro e até hoje fumam dentro de casa, poluindo o ambiente doméstico. O pequeno José Érico, de apenas cinco meses, divide o quarto da UTI com Jonathan no Hospital Infantil Varela Santiago, onde estão internados. Ele também sofre as conseqüências do tabagismo dos pais. Mesmo com pouco tempo de vida, as duas crianças citadas acima já apresentam sinais no organismo típicos de fumantes. Muitos dos casos que chegam aos hospitais pediátricos estão relacionados às doenças respiratórias — asma, bronquite, sinusite, pneumonia. Boa parte delas é provocada ou agravada pela fumaça do cigarro daqueles que, sem um senso mínimo, fumam em casa, na frente das crianças.Uma pesquisa realizada no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) detectou que 24% das crianças de 0 a 5 anos de idade apresentavam vestígios de nicotina no organismo, quando, na verdade, a concentração deveria ser zero. Foram analisadas, numa primeira etapa, 78 garotos. Mais à frente, foram realizados exame de urina em mil crianças de uma escola particular paulista. Os resultados apontaram que 51% deles são fumantes passivos.A presença de nicotina no organismo dessas crianças é o primeiro passo para o vício futuro, pois ela atua diretamente no sistema nervoso autônomo, além de ser uma substância cancerígena. Fumar durante a gravidez pode gerar fetos anormais, nascimento prematuro ou até mesmo óbito. Durante a amamentação, a mãe que fuma transmite nicotina para o filho.

O tabagismo é considerado hoje a terceira maior causa de morte evitável no mundo, ficando atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo exagerado de álcool. Existem cerca de dois bilhões de fumantes passivos no mundo. Desse total, estima-se que 70 bilhões são crianças. No Brasil, seriam 15 milhões. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo uma doença pediátrica, pois a grande maioria dos fumantes começa a fumar antes dos 19 anos.


Hospital lotado

A pediatra e diretora médica do Hospital Infantil Varela Santiago, Maria da Penha Paiva, diz não ter estatísticas de fumo passivo na infância aqui no Rio Grande do Norte, mas confirma que a procura por tratamento de doenças respiratórias em crianças é muito grande, e que a situação se agrava ainda mais neste período do ano, de frio e fumaça dos festejos juninos. “Quando a criança chega ao hospital com problemas respiratórios, encaminhamos ao pneumologista. Depois, conversamos com os pais para orientar que não fumem na frente do filho”, diz Penha Paiva. “Depois que a criança é internada é que percebemos se a mãe é fumante ou não.”A diretora médica do Varela Santiago confirma também que a freqüência maior é de crianças na faixa etária entre 0 e 5 anos. “A fumaça do cigarro também agrava a situação daquelas crianças que já têm algum problema respiratório, como sinusite, asma, bronquite e até mesmo pneumonia”, diz ela.


Parentes que fumam

Maria das Graças, a mãe de Jonathan — aquele do início da matéria — conta que fumou até o terceiro mês de gravidez, quando foi proibida pelo médico de seguir no vício. O resultado disso tudo não tem sido nada positivo. Ao dar entrada no Hospital Infantil Varela Santiago, seu filho foi direto para a UTI, com sintomas de cansaço e pneumonia.“Ele tosse muito, o nariz fica escorrendo, fica com a respiração cansada e sem oxigênio. A médica disse que se quisesse meu filho vivo tinha que parar de fumar”, diz Maria das Graças. “Converso com meu marido para ele parar de fumar, mas o vício é uma coisa nojenta.”Já segundo Maria Fernandes Pereira, bisavó de José Érico, também citado no início do texto, os pais da criança fumam muito. E por ser pequena a casa onde moram, a poluição doméstica só piora. O garoto nasceu prematuro, com sopro no coração e pneumonia, de acordo com a bisavó. Quando José Érico receber alta, ela não vai permitir que seu bisneto volte mais para casa com os pais fumando do jeito que fumam.“Minha filha ainda fuma, mas já mandei ela parar. Sei o que é isso, pois sempre fumei, mas faz treze anos que parei. Nunca fumei na frente dos meus filhos”, diz Maria Fernandes.


Curiosidades

-O fumante passivo pode conter no sangue, urina e saliva quantidade de nicotina equivalente à encontrada em fumantes de um a dez cigarros por dia, dependendo do número de horas de exposição à fumaça.

-O Brasil é o sexto maior mercado de cigarros do mundo e, desde 1994, é o primeiro na exportação de folhas de tabaco, apesar de ser o quarto maior produtor mundial.

- Um terço da população adulta fuma no Brasil, o que representa 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens, segundo a OMS e o Instituto Nacional do Câncer.

- O tabagismo causa cerca de um milhão de mortes por ano na China. No país, morrem anualmente 100 mil pessoas devido a doenças relacionadas ao tabagismo passivo.

- O Japão é um dos países industrializados onde se consome mais cigarro, segundo a OMS. Os 42 milhões de viciados fumam uma média de 130 pacotes por ano. É o 3º consumidor mundial de tabaco, atrás da China e dos EUA.

- A Rússia é o país com maior percentagem de fumantes no mundo. Cerca de 70% dos homens e 30% das mulheres fumam.

- No Chile, cerca de 14 milhões de pessoas morrem, a cada ano, por causas atribuídas ao tabaco. O país tem a maior taxa de consumo de cigarro na América Latina, com 42%, junto com a Argentina.

- A Organização Mundial de Saúde indica que mais de 40 mil argentinos morrem anualmente devido ao tabagismo.

- No México, o número anual de mortes supera os 53 mil, numa média de 147 óbitos por dia.- Em Honduras, são consumidos anualmente cerca de 120 milhões de maços de cigarro e as crianças começam a fumar aos oito anos.

- Em Cuba, mais de dois milhões de pessoas fumam e 40% dos fumantes começaram entre 12 e 16 anos. - A Alemanha registra cerca de 140 milhões de mortes anuais em conseqüência direta do cigarro. Um terço da população adulta fuma.

- Nas Filipinas, cerca de 60% dos homens são fumantes e o Estado filipino gasta cerca de US$ 1 bilhão com despesas na área de saúde.

- Nas grandes cidades, o fumo polui mais séria e nocivamente o ambiente do que as indústrias e os veículos automotores.


Cléia Amaral, pneumologista pediatra: “Filhos de pais fumantes têm risco maior de ter pneumonia”


Trabalhando no Hospital Infantil Varela Santiago e no Hospital Pediátrico da UFRN (Hosped), a pneumologista Cléia Amaral atende constantemente casos de crianças, na faixa abaixo dos cinco anos de idade, com complicações respiratórias decorrentes do fumo passivo. Asma, bronquite, sinusite e pneumonia são as doenças mais freqüentes em crianças que convivem com fumantes em casa. Confira trechos da entrevista que a especialista concedeu ao TN Família.


TRIBUNA DO NORTE - São freqüentes, em Natal, casos de crianças que precisam ser internadas por problemas respiratórios causados pelo fumo passivo?


Cléia Amaral – Isso acontece constantemente. Em casos de crianças que não têm asma controlada, na maioria das vezes, os pais são fumantes. Às vezes, a mãe até fuma com a criança nos braços. Termina que a criança fica mais predisposta a ter infecções respiratórias, e até infecções complicadas tipo pneumonia. As crianças que têm pais fumantes, principalmente a mãe, têm um risco, em média, sete vezes maior de ter pneumonia do que aquela que não convive com fumantes”


TN - Há casos de óbito decorrente disso?


CA - Dependendo se a criança é prematura, desnutrida, se ela já tem outros fatores de risco, se ela é constantemente submetida à fumaça do cigarro, esse risco aumenta mais ainda. Então, acontece de ter óbito sim. Não temos estatísticas nossas mostrando isso. Mas, com certeza, tem uma co-relação.


TN – É dada alguma orientação aos pais fumantes que chegam ao hospital com seus filhos doentes?


CA – A mãe é orientada a não fumar dentro de casa e sobre os riscos que a criança está sendo submetida. Mas, infelizmente, isso é uma constante. Às vezes, por ignorância, a mãe acha que isso não acontece.


TN – E qual o tratamento em casos de complicação respiratória? Qual o procedimento quando a criança chega ao hospital?


CA – Ela é internada e, normalmente, vai para a hidratação venosa — pois a maioria, quando interna, é de casos complicados. Quando é uma pneumonia mais simples, dá para tratar em casa; mas quando chega ao hospital vai para a medicação venosa, antibiótico venoso, usamos medicação para dilatar os brônquios, broncodilatadores, quando é necessário, do tipo nebulização. E quando a criança está em condições, damos alta para manter o tratamento em casa, pois na maioria das vezes não é necessário ela ficar internada até curar totalmente. Geralmente, o tratamento termina em casa. Um dos tratamentos também é a higiene ambiental, que é, justamente, esclarecer a mãe para não fumar dentro de casa.


TN – Há muitos casos de reincindência?


CA – Há sim, principalmente de crianças asmáticas, que são as mais prejudicadas. O fumo é um irritante para os brônquios de qualquer pessoa, tanto faz adulto ou criança. Termina que tem casos repetitivos, desencadeados por fumaça e infecções virais.

Quando fumar fazia bem à saúde...[?]

O cigarro que emagrece, faz bem para os dentes e acalma os nervos está em exposição na Biblioteca Pública de Nova York. Uma série de propagandas antigas de cigarro mostra os esforços usados pela indústria tabagista para exaltar supostos benefícios do fumo.

"Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro". A frase, que hoje faria tremer qualquer associação de medicina, está estampada num anúncio de cigarro da marca Camel criado em 1946. Houve um tempo em que o hábito de fumar, além de elegante, fazia bem à saúde. Essa era a pretensão de uma poderosa indústria tabagista que, em busca de consumidores, recrutou médicos, dentistas e até bebês a seu favor. "Puxa, mamãe, você realmente gosta dos seus Marlboros", diz outro anúncio polêmico que estampa a foto de uma criança. Essas propagandas, criadas entre os anos 1927 e 1954, fazem parte de uma exposição organizada pela Biblioteca Pública de Nova York. Os anúncios, que circulavam em revistas como Life e Saturday Evening Post, são coloridos e criativos. A exposição ainda recorre a celebridades que emprestaram rosto e pulmões à indústria tabagista. O ator Ronald Reagan, o esportista Joe DiMaggio e até Papai Noel aparecem de cigarro em mãos. As propagandas também poderiam ilustrar uma recente e polêmica descoberta de pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade Stanford. Em setembro, eles revelaram documentos secretos que mostram o verdadeiro tamanho dos interesses da indústria tabagista. Artistas como John Wayne, Henry Fonda e Bette Davis receberam milhares de dólares para promover marcas de cigarro durante a era dourada do cinema americano, nas décadas de 30 e 40. Só a empresa American Tobacco pagou o equivalente atual a US$ 3,2 milhões para ver a marca Lucky Strike nas telas de Hollywood. Entre os artistas mais bem pagos estavam Clark Gable, Gary Cooper e Joan Crawford. Cada um recebeu US$ 10 mil, o equivalente a US$ 100 mil atuais. A indústria tabagista não imaginava que acender um cigarro e sorrir como Clark Gable custaria um preço ainda maior à saúde das gerações que compraram a propaganda de Hollywood. Se o médico que defendeu as maravilhas de Camel não fosse apenas um figurante de publicidade, nenhuma tosse disfarçaria o constrangimento.

"Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro" A marca Camel distribuiu maços de cigarro na entrada de convenções médicas no ano de 1946. Ao final do evento, um grupo de pesquisadores perguntava qual marca de cigarro os médicos levavam no bolso. A resposta não podia ser outra: eram os mesmos maços recebidos antes. A "estatística" virou anúncio.


"Como seu dentista, eu recomendo Viceroys"Enquanto as causas de câncer bucal eram lentamente associadas ao fumo, o cigarro Viceroys exibia dentistas defendendo a marca. De acordo com estatísticas da empresa, mais de 38 mil dentistas aprovavam Viceroys.

"Puxa, mamãe, você realmente gosta dos seus Marlboros" O uso de crianças na propaganda atingia principalmente o público feminino, e fazia parte dos esforços da indústria tabagista para ampliar a base de consumidores. Segundo a peça publicitária, o milagre dos cigarros Marlboro era não "empapuçar" seus usuários.
Quando fumar fazia bem à saúde

O cigarro que emagrece, faz bem para os dentes e acalma os nervos está em exposição na Biblioteca Pública de Nova York. Uma série de propagandas antigas de cigarro mostra os esforços usados pela indústria tabagista para exaltar supostos benefícios do fumo.


"Encare os fatos! Quando a tentação da comida for demais, acenda um Lucky" O cigarro Lucky Strike criou uma série de propagandas com esportistas saudáveis superando uma espécie de sombra em má forma física. Corredores, tenistas e nadadores vendiam o estilo de vida da marca, que fazia questão de alertar em letras miúdas que seus cigarros não reduziam a gordura.

"20.679 médicos dizem que Lucky Strike irrita menos a garganta" O cigarro Lucky Strike se dizia capaz de proteger a garganta, e também buscou o apoio de pesquisas médicas. De acordo com a publicidade da marca, datada de 1930, mais de 20 mil médicos aprovavam Lucky Strike como sendo "o menos irritante" do mercado.


"Mais cientistas e educadores fumam Kent com o novo filtro Micronite do que qualquer outro cigarro" O filtro do cigarro surgiu como um diferencial que impulsionou as vendas de marcas como Kent e Viceroys. No entanto, o filtro propagandeado pela Kent como solução protetora continha amianto, uma fibra mineral altamente cancerígena quando aspirada. Apenas 2% dos cigarros continham filtro na década de 50. Com o sucesso da suposta proteção, os cigarros com filtro passaram a ter 50% do mercado.

"Proteja-se contra a garganta arranhada. Curta o fumar suave" A indústria tabagista não hesitou em usar Papai Noel como garoto propaganda de cigarro, cigarrilhas e charutos. O bom velhinho apareceu em inúmeras peças publicitárias da marca Pall Mall nos anos 1950, exalando tanta fumaça quanto uma chaminé. Mas, ao contrário dos atletas saudáveis de Lucky Strike, Noel continuou gordinho

"A ciência descobriu - você pode comprovar. Chesterfield não deixa gosto ruim" Chesterfield explorou a credibilidade da ciência a ponto de criar ficção científica. De acordo com o estudo de 1951, feito por uma organização de pesquisa "bem conhecida", o cigarro da marca era o único capaz de enfrentar o microscópio e provar que não deixava gosto ruim na boca - desde que o cientista não deixasse cair cinzas no que estava observando."A ciência descobriu - você pode comprovar. Chesterfield não deixa gosto ruim".

(Fonte: Revista Época)

OMS inaugura o "Relógio da Morte"...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e representantes da luta contra o tabagismo inauguraram um "relógio da morte" para registrar as pessoas que morrem com doenças relacionadas ao tabaco.

Segundo a OMS, o tabaco matará 5 milhões de pessoas este ano, ou seja, mais do que a taxa de mortalidade por tuberculose, Aids e a malária juntas.

O "relógio da morte" já funciona desde o início das negociações na Convenção Internacional contra o Tabagismo, iniciada em outubro de 1999, e em sua inauguração já estava marcando 40 milhões de mortos.

"Essa epidemia afeta os mais pobres dos pobres", indicou Douglas Bettcher, diretor da iniciativa da OMS "Sem Tabaco".

Cerca de 600 delegados provenientes de mais de 150 países se reúnem em Genebra esta semana para negociar o protocolo da Convenção Internacional, que entrou em vigor em 2005 para abordar o comércio ilegal de produtos de tabaco.

Esse comércio faz que os governos percam por ano 50 bilhões de dólares em impostos, segundo a OMS, e alimenta o crime organizado e o terrorismo.

Diabetes e cigarro: uma dupla que não combina

Parar de fumar faz bem a qualquer pessoa, em qualquer momento. Mas existem sempre aqueles que se beneficiam ainda mais ao abandonar o tabagismo. E sem dúvida, os diabéticos se encaixam muito bem neste perfil.Os diabéticos em geral preocupam-se muito com alimentação saudável, prática de exercícios e acabam esquecendo o vício do cigarro. Pensando desta forma, não se dão conta dos benefícios adicionais que poderão conquistar ao abandonarem o hábito tabágico. 1 - Parar de fumar diminui a deposição de colesterol nos vasos e contribui para a boa evolução do diabetes.2 - Diabéticos fumantes têm maior chance de desenvolver doença renal diabética.3 - Parar de fumar melhora a cicatrização dos tecidos, fator este muito importante na doença diabética.4 - Poucas semanas após a interrupção do tabagismo há melhora da circulação nas extremidades, como pés e mãos.5 - A interrupção do tabagismo leva ao melhor controle da pressão arterial, outro fator que contribui na boa evolução do diabetes.6 - O cigarro diminui o apetite, além de piorar o olfato e paladar, podendo interferir no controle adequado da alimentação.Além dos ganhos físicos citados acima, é importante lembrar que a interrupção do tabagismo melhora a auto-estima e traz motivação para enfrentar novos desafios. Portanto, diabéticos de todo o Brasil, uni-vos no combate ao tabaco. Parem de fumar agora e desfrutem de uma vida boa sem espaço para o cigarro.
Camille Rodrigues da Silva - Pneumologista, autora do livro "Apague o Cigarro de Sua Vida"

Tabagismo passivo custa muito caro ao governo brasileiro

Além das milhares de mortes ao ano, o tabagismo passivo custa ao Brasil milhões de reais.
Segundo uma pesquisa solicitada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tratamento de saúde dos 2.655 não-fumantes que morrem, anualmente, em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo, significa uma despesa de R$ 19,15 milhões ao Sistema Único de Saúde. E o impacto das mortes destas vítimas no pagamento de pensões ou benefícios pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) é de R$ 18 milhões anuais.
Os dados são da pesquisa “Impacto do Custo de Doenças Relacionadas com o Tabagismo Passivo no Brasil”, estudo econômico em saúde, solicitado pelo Inca.
A pesquisa levantou os custos das três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: doenças isquêmicas do coração (como infarto do miocárdio), acidentes vasculares cerebrais e câncer de pulmão.
Uma das bases do estudo foi a estimativa de mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população urbana do Brasil, realizada recentemente por pesquisadores do Inca e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ.
A população estudada vive nos centros urbanos, tem em torno de 35 anos e é formada por fumantes passivos expostos involuntariamente à fumaça do cigarro em suas residências.
As doenças isquêmicas do coração, que provocam anualmente a morte de 1.224 não-fumantes, são responsáveis por gastos de R$ 12,2 milhões. Esse é o custo médio do tratamento anual dos fumantes passivos que morrem por infarto, que corresponde a 64% dos R$ 19,15 milhões gastos do SUS com mortes atribuíveis ao tabagismo passivo somente com essas três doenças.
O custo médio com as pensões ou benefícios gerados pelas doenças isquêmicas do coração é de R$ 8,4 milhões por ano.
No caso dos 1.359 fumantes passivos vítimas de acidente vascular cerebral (derrame), o custo médio de procedimentos médico-hospitalares do tratamento anual é de R$ 6,65 milhões. O custo médio anual estimado para a seguridade social com a cobertura de pensões ou benefícios em decorrência dessa doença é de R$ 9,35 milhões.
Já para o câncer de pulmão, o estudo mostrou que o custo médio do tratamento de 72 fumantes passivos que morreram em conseqüência da doença soma R$ 302 mil. O pagamento de pensões ou benefícios neste caso é de R$ 500 mil por ano.
O estudo foi desenvolvido pela Coordenação do Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) e financiado pelo Projeto Iniciativa Bloomberg Brasil. Seu autor principal foi o médico pneumologista e sanitarista Alberto José de Araújo, que coordena o Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo do Instituto de Doenças do Tórax da UFRJ.
A pesquisa, além de fontes de trabalhos anteriormente publicados, usou informações disponíveis na literatura científica internacional e dados do governo (DataSus). Fonte: Jornal do Brasil

Cigarro é Droga!!!


Tabagismo passa a fazer parte de pesquisa do IBGE


Foi dada a largada para a Pesquisa Nacional para Amostra de Domicílios, a Pnad 2008. Pesquisadores do IBGE já estão nas ruas para colher dados sociais e econômicos dos brasileiros; serão 150 mil residências visitadas até dezembro. O questionário investiga características sobre a renda, a escolaridade e o consumo dos domicílios selecionados. Este ano, porém, há um interesse especial pela saúde, resultado de um convênio com o Ministério da Saúde. A pesquisa quer saber detalhes como: se as famílias possuem plano de saúde, com que freqüência fazem uso de medicamentos e a quantidade de brasileiros que faz algum tipo de atividade física. O tabagismo também é ponto-chave da coleta de dados. Através da Pesquisa Especial de Tabagismo (Petab), os funcionários do IBGE vão perguntar sobre a quantidade do consumo, se a pessoa já fumou ou não e qual a periodicidade do fumo. Aproximadamente 50 mil domicílios da amostra vão responder a este questionário, que também será utilizado em outros 15 países.A Pnad 2008 conta com parceiros nacionais e internacionais, tais como: Ministério da Saúde, Fiocruz, Instituto Nacional do Câncer, Secretaria de Vigilância Sanitária, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Organização Mundial da Saúde, Organização Panamericana da Saúde, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health (JHSPH), Centro de Controle e Prevenção de Doenças e Filantropias Bloomberg. O resultado da pesquisa está previsto para 2009.
Fonte : Por um Mundo sem Tabaco

Encontros internacionais mobilizam controle do tabaco na América Latina

O Brasil protagonizará dois encontros internacionais no Rio para fortalecer as estratégias voltadas ao controle do tabagismo. No primeiro, em 29 de outubro, os países do Mercosul buscarão firmar um posicionamento conjunto visando à realização da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em novembro, na África do Sul. Já no Seminário Internacional para Promoção de Ambientes Livres de Fumaça do Tabaco nos Países Ibero-Americanos, dias 30 e 31, o objetivo será discutir propostas para o controle do tabagismo passivo. Em ambos a participação é restrita. Em agosto, o INCA publicou pesquisa que mostra que, a cada dia, sete brasileiros morrem por doenças causadas pela inalação involuntária da fumaça do cigarro. Nesta quarta-feira, 22/10, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal analisará o projeto de lei que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados.
Estratégias comuns no MercosulOs países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e os países associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Peru e Equador) discutem estratégias comuns para favorecer a implantação de medidas estabelecidas pela Convenção Quadro para o Controle do Tabaco. Na 9ª Reunião da Comissão Intergovernamental de Controle do Tabaco (CICT), marcada para 29 de outubro, eles farão propostas que serão apresentadas na próxima reunião da Conferência das Partes (COP), de 17 a 21 de novembro em Durban na África do Sul. A Conferência das Partes é o órgão que examina regularmente os aspectos técnicos, processuais e financeiros da implementação do tratado nos países signatários. Reconhecido como um dos líderes mundiais no controle do tabagismo, o Brasil exerce atualmente a presidência pro tempore do Mercosul, o que reforça a importância da pauta.
Tabagismo passivo será o foco da RIACTCom o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde e da “Iniciativa para Reduzir o Tabagismo”, da Fundação Bloomberg, dos EUA, e tendo o Instituto Nacional de Câncer como coordenador, a Rede Ibero-Americana de Controle do Tabagismo (RIACT) se reúne em 30 e 31 de outubro para trocar experiências e discutir os males que o tabagismo passivo provoca à saúde da população. O tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, superada apenas pelo tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) estipulam que lugares públicos e ambientes de trabalho sejam 100% livres de fumaça do tabaco.
Em agosto, durante as comemorações pelo Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, o INCA lançou o estudo “Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população brasileira” (leia mais). A pesquisa, uma das poucas existentes no mundo sobre o tema, revelou que as doenças provocadas pela exposição passiva à fumaça do tabaco matam diariamente ao menos sete brasileiros. Pelo menos 2.655 não-fumantes são vítimas fatais do tabagismo passivo por ano. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%).
Entre os países da Rede Ibero-Americana de Controle do Tabagismo, o Uruguai é o pioneiro na América Latina a tornar seus ambientes públicos e privados 100% livres da fumaça do tabaco. O Brasil luta atualmente no Congresso para aprovar a alteração da Lei Federal nº 9294/96, que ainda permite áreas reservadas para fumar, que não impedem o contato com a fumaça. Nesta quarta-feira, 22/10, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 315/08, de autoria do senador Tião Viana (PT - AC), que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados estará na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. A proposição teve voto favorável da senadora Marina Silva (PT - AC) e ainda será apreciada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde tem decisão terminativa.

O perigo do fumo passivo...

De cada 10 crianças brasileiras, entre quatro e seis vivem em casas onde se fuma:

Apesar de não colocar cigarros na boca, um terço da população mundial está sujeita aos males do tabaco. São os fumantes passivos ou involuntários, grupo que tem 30% mais chances de sofrer de uma doença coronária por inalar fumaça alheia, segundo um estudo de cientistas guatemaltecos apresentado no mês de maio no 16° Congresso Mundial de Cardiologia, realizado na Argentina.

O aparecimento de doenças depende do volume de fumaça inalada e do tempo de exposição. No estudo da Guatemala, os pesquisadores constataram alterações na função das artérias dos não-fumantes em 30 minutos de exposição à fumaça. A longo prazo, isso pode representar um risco duas a três vezes maior de desenvolver câncer de pulmão.

No mundo, a Organização Mundial de Saúde estima que o número de fumantes passivos alcance 2 bilhões de pessoas, sendo 700 milhões de crianças. A quantidade é superior ao número de fumantes ativos, estimado em 1,2 bilhão de pessoas - desses, 30 milhões são brasileiros. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer não tem dados sobre o número de fumantes passivos.

Para o pneumologista Alexandre Milagres, coordenador do Programa de Controle do Tabagismo do Hospital Municipal Raphael de Paula Souza, do Rio, o surgimento de doenças nos fumantes involuntários também está relacionado à predisposição genética. No caso de um casal em que o marido fuma e a mulher convive com a fumaça, seria como se a mulher desenvolvesse câncer de pulmão por ter predisposição genética e o marido, não.

– O fumante sem predisposição genética é capaz de fumar uma quantidade grande de cigarros por toda a sua vida e não desenvolver o câncer de pulmão. Já a mulher desse paciente, se conviver com ele por longo tempo aspirando fumaça, pode desenvolver a doença sem nunca ter fumado – explica o médico.

Em geral, os males que atingem os fumantes passivos são os mesmos que afetam as pessoas que têm o hábito de fumar. Para os não-fumantes, a fumaça mais prejudicial é a que sai direto da brasa do cigarro, chamada de corrente lateral. Ela libera no ambiente cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas, uma parte delas cancerígena. Já a fumaça expelida pela boca ou pelas narinas, chamada de corrente principal, tem menos agentes tóxicos, uma vez que parte fica retida no filtro do cigarro ou é absorvida pelo organismo do fumante.

Nos fumantes involuntários adultos, a fumaça aumenta os riscos de acidente vascular cerebral, câncer de pulmão, infarto e angina (dor no peito), além do agravamento de problemas respiratórios, como enfisema, bronquite e asma.

Segundo o pneumologista do Complexo Hospitalar Santa Casa Luiz Carlos Corrêa da Silva, coordenador do Programa Fumo Zero, da Associação Médica do Rio Grande do Sul, o principal problema da fumaça é a inalação de monóxido de carbono, que prejudica a ação da hemoglobina, proteína que transporta o oxigênio pelo organismo.

Infância sob o risco do cigarro

Sob a fumaça do cigarro de pais e familiares, uma legião de crianças está exposta a doenças do mundo dos fumantes. De cada 10 crianças brasileiras, entre quatro e seis vivem em casas onde o hábito de fumar é uma prática freqüente do pai, da mãe ou de ambos, segundo a Sociedade Americana de Câncer.

No mundo, 700 milhões de crianças são fumantes passivos, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao conviver com uma pessoa que fuma um maço (20 unidades) por dia, o fumante passivo inala o equivalente ao consumo de três cigarros. Em um mês, de acordo com pesquisa da Universidade de Toledo, nos Estados Unidos, é como se a criança fumasse 90 cigarros.

De acordo com o pneumologista José Miguel Chatkin, coordenador do Programa de Cessação do Tabagismo e professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), as crianças que convivem com fumantes estão mais propensas a otites, bronquites, pneumonias e asma, o que favorece o aparecimento de sintomas respiratórios, como tosse, catarro e falta de ar.

Quanto mais jovem uma pessoa é, mais nocivos são os efeitos do cigarro no seu organismo. Nos recém-nascidos, a inalação da fumaça aumenta o risco de infecções, pneumonias e de incidência da síndrome da morte súbita infantil, que acomete principalmente bebês nos primeiros seis meses de vida.

Mesmo dentro da barriga da mãe, a criança está desprotegida do cigarro. Quando a mãe dá uma tragada, as substâncias tóxicas inaladas são transmitidas ao feto por meio da corrente sangüínea e do cordão umbilical.

– Vejo mães fumando durante a gestação com muita freqüência. Se a mãe segue sendo tabagista, consome de 20 a 30 cigarros por dia, que é a média brasileira. Durante os nove meses da gestação, imagine o que é a exposição desse feto – analisa o pneumologista Alexandre Milagres, coordenador do Programa de Controle do Tabagismo do Hospital Municipal Raphael de Paula Souza, do Rio.

Durante a gestação, o fumo pode provocar aborto espontâneo e parto prematuro. O bebê está mais propenso a nascer com baixo peso e a ter comprometido o seu desenvolvimento intelectual. Ao nascer, a criança dependente de nicotina entra no que os médicos chamam de período de abstinência, que resulta em choro demasiado, insônia e tensão. Entre as mães fumantes, a produção de leite é menor, e o desmame, normalmente, ocorre mais cedo do que o normal.

Ao atingir a adolescência, o filho de uma mãe fumante tem mais chances de se tornar dependente do cigarro. É como se trouxesse no cérebro lembranças da nicotina. Segundo Milagres, uma pesquisa recente constatou que a presença de um gene pode favorecer o vício:

– Antigamente, a gente dizia que cem cigarros eram suficientes para se viciar. Agora, existem genes que provam que apenas um cigarro pode ser suficiente para tornar uma pessoa dependente. Hoje, tentamos falar para as crianças que elas não devem experimentar nicotina, da mesma forma que o crack.

Crianças são maiores vítimas do fumo passivo, diz estudo

ATLANTA - Cerca de metade dos norte-americanos não fumantes ainda respiram fumaça de cigarro, mas a porcentagem diminuiu dramaticamente desde o início da década de 1990, de acordo com um estudo governamental.

A razão principal do declínio no fumo passivo é o crescente número de leis e políticas que banem o fumo nos locais de trabalho, bares, restaurantes e lugares públicos, disseram os pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Outro fator é a queda no número de adultos fumantes: ele está agora abaixo de 20%, de acordo com os números de 2007 do CDC.

O novo estudo descobriu que cerca de 46% dos não fumantes tinham sinais de nicotina em seus exames de sangue feitos de 1999 até 2004. Esse número representa uma queda em relação aos 84% encontrados quando testes similares foram feitos no fim da década de 1980 e início da década de 1990.

No entanto, as autoridades pararam de celebrar. "Ainda é um número muito alto", disse Cinzia Marano, uma das autoras do estudo. "Não há algo como um nível seguro de exposição."

Cigarros causam câncer de pulmão e outras doenças fatais não apenas em fumantes, mas também nos fumantes passivos, mostra o estudo.

Para os não fumantes, o fumo passivo aumenta seu risco de câncer em cerca de 20% e de doenças do coração em 25%. Crianças expostas ao fumo passivo correm o risco de terem ataques de asma, problemas de ouvido, infecções respiratórias e síndrome da morte súbita, disseram representantes do órgão de saúde.

O novo relatório do CDC tirou seus dados da pesquisa nacional de saúde e nutrição, um estudo governamental que levas os pesquisadores às comunidades. Os participantes foram questionados sobre sua saúde, fizeram exames de sangue e físicos.

Os exames de sangue procuraram por cotinina - um subproduto da nicotina que geralmente é detectável por até cinco dias.

Os exames de sangue são importantes porque muitas pessoas subestimam sua exposição ao fumo passivo, disse Terry Pechacek, diretor associado para ciência no CDC.

O novo relatório se concentrou nos dados coletados de cerca de 17 mil não fumantes de 1988 até 1994, e mais ou menos o mesmo número de 1999 até 2004. Pessoas a partir dos 4 anos de idade foram incluídas.

O declínio do fumo passivo não foi dramático entre negros não fumantes como foi entre brancos e mexicanos. A proporção de negros expostos à nicotina caiu de 94 para 71%, enquanto para brancos a queda foi de 83 para 43% e para mexicanos de 78 para 40%.

Também preocupante é o fato de que as exposições para crianças não caíram tanto quanto para adultos. Mais de 60% das crianças de 4 a 11 anos foram expostas à nicotina de 1999 a 2004.

"Obviamente, a exposição acontece em casa", disse Thomas Glynn, diretor da Sociedade Americana do Câncer.

"Os pais precisam se conscientizar de que essa exposição é perigosa e de que eles precisam ter atitudes que garantam que suas crianças não sejam expostas ao cigarro", disse Pechacek. (Fonte: O Estadão)

Cigarros "Light" no Banco dos Réus!!!

Suprema Corte dos EUA estuda ação de fumantes 'enganados' por cigarro light.

A Suprema Corte dos Estados Unidos ouviu, nesta segunda-feira, as alegações de três fumantes que pretendem processar a empresa Altria por tê-los enganado, ao classificar seus cigarros como "light", quando esses, na verdade, não eram menos nocivos para sua saúde do que os demais no mercado.

Na audiência, os nove juízes interrogaram os advogados sobre o caso, que pode ter importantes conseqüências financeiras para as companhias, processadas por vários ex-fumantes, com base na jurisprudência estabelecida.

Os juízes censuraram o Estado e sua Comissão Federal do Comércio (FTC, sigla em inglês) por estarem conscientes, há pelo menos dois anos, de que os cigarros "light" são tão perigosos para a saúde quanto os outros e por não terem agido em seguida.

"Induziram ao erro todos aqueles que compram esses cigarros há muito tempo", declarou o juiz Samuel Alito ao advogado representante do governo de George W. Bush e da FTC, Douglas Hallward-Driemeier, que tentava apoiar a posição dos três fumantes contra a Altria.

Apesar dessa polêmica, o caso está centrado, de fato, na possibilidade de as companhias de cigarro usarem todas as técnicas de marketing para promover seus produtos.

A epidemia do fumo

Por: Dráuzio Varella

Cada vez menos gente fuma no Brasil. É o que comprova o resultado da pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde em sete capitais brasileiras, publicado na última semana de março de 2004: o número de dependentes de nicotina no país é de aproximadamente 20%.
Tendo em vista que, nos países industrializados, entre 22% e 25% da população fuma, e que alguns deles investem grandes somas na prevenção e no tratamento do tabagismo, nossos números se tornam especialmente expressivos.
Afinal, para um país que investe quase nada em prevenção e muito menos em tratamento para fumantes desejosos de se livrarem da dependência, e que até ontem era complacente com o cinismo da publicidade do cigarro em horário nobre na TV, o resultado é surpreendente.
Embora a falta de estudos semelhantes no passado não permita avaliar com precisão a velocidade com a qual a epidemia de tabagismo se dissemina, certamente está ocorrendo uma queda expressiva na prevalência de fumantes. Basta lembrarmos da porcentagem de adolescentes que fumava nos anos 1960 e a dos que fumam hoje.
Naquela época, o impacto da propaganda do cigarro era universal: no cinema, na TV, no rádio e na música, todos os astros e estrelas fumavam sem parar. Que adolescente conseguia resistir ao charme dos lábios de Rita Hayworth assoprando a fumaça para o céu?
É verdade que já nos anos 1950 numerosos estudos haviam demonstrado que fumar provoca câncer, enfisema, ataque cardíaco e muitas outras doenças, mas a estratégia de defesa adotada pela indústria do tabaco foi a do contra-ataque: de um lado contratava técnicos para criticar a metodologia empregada nessas pesquisas; de outro, pressionava os meios de comunicação para garantir que não fossem divulgadas. Qualquer jornal, emissora de rádio ou de televisão que ousasse levantar a menor suspeita de que o cigarro pudesse trazer algum malefício à saúde sofria retaliação financeira imediata.
A partir da Segunda Guerra Mundial, essa compra de espaço nos meios de comunicação, aliada a um tipo de publicidade dirigida sem nenhum pudor para aliciar as crianças, alastrou a epidemia da dependência de nicotina pelo mundo inteiro. Na história do capitalismo, raros crimes contra a humanidade foram executados com tal premeditação.
Mas os tempos mudaram. O poder dos fabricantes de cigarro nos dias de hoje é sombra anêmica do passado. Legalmente impossibilitados de inserir comerciais nos jornais, no rádio e na TV, como coagir a imprensa?
Como impedir campanhas para motivar fumantes a largar o hábito de fumar, como a apresentada em rede nacional pelo "Fantástico" no ano passado?
A perda de acesso aos meios de comunicação de massa, o peso das evidências médicas ao demonstrar que o fumo é a principal causa de morte evitável em nosso país e a ameaça de serem obrigados a pagar indenizações milionárias às famílias dos que morreram por causa do cigarro obrigaram os fabricantes a adotar nova estratégia: a do silêncio. Quietinhos, têm a esperança de continuar seus negócios sem chamarem a atenção. Enquanto existirem viciados que comprem um maço por dia do fornecedor, haverá faturamento, devem pensar.
Os números publicados pelo Ministério da Saúde deixam claro que estavam enganados os céticos: é possível refrear a disseminação da epidemia do fumo, basta haver disposição da sociedade e seriedade política. Para isso, algumas das medidas sugeridas pelos técnicos podem ser implantadas a curto prazo, sem ônus para o tesouro:
1)
Aumento de impostos. Em nenhum país civilizado é possível comprar um maço de cigarros por meio dólar. Está exaustivamente provado que, quanto mais caro o maço, menor o número de cigarros fumados;
2)
Proibir todos os tipos de publicidade. Toda e qualquer propaganda de uma droga que provoca um tipo de dependência tão difícil de vencer, tanto sofrimento físico e tantos óbitos, para viciar meninas e meninos em nome do lucro, deve ser punida como crime inafiançável;
3)
Incluir no currículo obrigatório das escolas aulas sobre os problemas causados pelo cigarro;
4)
Proibir o fumo em lugares públicos. Não está certo obrigar quem não fuma a inalar fumaça alheia. Embora não seja obrigação do Estado proteger o cidadão contra o mal que ele pode fazer a si mesmo, é seu dever protegê-lo do mal que os outros podem fazer contra ele. Além disso, não há dúvida de que a proibição ajuda o fumante a adquirir mais controle sobre a dependência;
5)
Oferecer tratamento gratuito para os que quiserem largar o hábito de fumar. Hoje existem grupos de apoio, adesivos e chicletes de nicotina, além de medicamentos que ajudam a vencer as crises de abstinência. É ignorância deixar de oferecê-los gratuitamente aos fumantes, ainda que não seja por razões humanitárias: sai muito mais em conta do que esperá-los ter câncer, infarto, derrame cerebral.

Astros de Hollywood recebiam fortunas para promover fumo


Clark Gable, Cary Grant, Spencer Tracy, Joan Crawford, John Wayne, Bette Davis e Betty Grable receberam dinheiro para promover o tabagismo, de acordo com pesquisadores da Universidade de Nova York.
As fabricantes de cigarro pagavam altas somas para que astros e estrelas dos "Anos de Ouro" de Hollywood promovessem seus produtos.
Documentos liberados pela indústria depois de processos judiciais de grupos de combate ao tabagismo revelam a extensão da relação entre estas empresas e os estúdios de produção cinematográfica.
Uma empresa pagou mais de US$ 3 milhões (em valores de hoje) em um ano para as estrelas.
Em artigo na revista Tobacco Control, pesquisadores disseram que filmes "clássicos" das décadas de 30, 40 e 50 ainda ajudam a promover o fumo hoje.
Praticamente todos os grandes nomes da época estavam envolvidos no merchandising de cigarros, de acordo com os pesquisadores da Universidade de Nova York. Eles tiveram acesso a contratos de merchandising assinados na época para ajudá-los no cálculo do montante de dinheiro envolvido.

'O cigarro dos atores'
Há acordos que datam do começo da era do cinema falado. O astro de O Cantor de Jazz (Jazz Singer), Al Jolson, assinou testemunhos dizendo que Lucky Strike era "o cigarro dos atores".
Um dos documentos-chave descobertos pelos pesquisadores foi uma lista de pagamentos por um único ano no final da década de 30, detalhando o quanto as estrelas eram pagas pela American Tobacco, fabricante da marca Lucky Strike.
Carole Lombard, Barbara Stanwyck e Myrna Loy receberam US$ 10 mil (equivalente a quase US$ 150 mil hoje), para promover a marca. O mesmo ocorreu com Clark Gable, Gary Cooper e Robert Taylor.
No total, foram pagos aos atores o equivalente, hoje, a US$ 3,2 milhões.
Em alguns casos, os fabricantes de cigarro pagaram os estúdios para criar programas de rádio que incluíam a promoção feita por suas estrelas.
A American Tobacco pagou à Warner Brothers o equivalente a US$ 13,7 milhões por Your Hollywood Parade, em 1937, e patrocinou The Jack Benny Show de meados da década de 40 a meados da década de 50.
Entre os depoimentos cuidadosamente preparados incluídos em The Jack Benny Show está o de Lauren Bacall.

Efeitos duradouros
Os pesquisadores, liderados por Stanton Glantz, disseram que os efeitos dos milhões investidos pela indústria do tabaco em Hollywood ainda podem ser sentidos hoje, apesar de uma recente proibição imposta pela própria indústria do cinema à promoção do tabagismo em filmes.
Eles disseram que as imagens ligadas ao ato de fumar incluídas nos filmes podem influenciar os jovens fazendo-os adotar o hábito. "Como na década de 30, nada impede hoje que a indústria global do tabaco influencie a indústria do cinema de várias formas."
Filmes "clássicos" com cenas de fumo, tais como Casablanca e Estranha Passageira (Now, Voyager), e imagens glamurosas de publicidade ajudaram a "perpetuar a tolerância pública" do tabagismo na tela, disseram os pesquisadores.
A ONG britânica contra o tabagismo, ASH, disse que imagens ligadas ao hábito de fumar não podem ser excluídas totalmente, mas podem haver alertas mais claros antes da exibição dos filmes.

Cigarro eletrônico é desaconselhado para deixar vício, diz OMS


Parar de fumar fumando é o sonho de consumo dos fumantes. E há sites que prometem exatamente isso: vendem o cigarro eletrônico como uma forma de fumar sem prejudicar a saúde e sem importunar as pessoas.

O produto é anunciado como um tratamento antitabagismo altamente eficaz. Mas há uma semana a OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou um alerta, desaconselhando o método.

"Da forma como [o produto] está sendo comercializado, é um engodo", afirma Paula Johns, diretora da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo). Não há nenhuma evidência científica sobre sua segurança e ele não pode ser apresentado como tratamento. "Há um consenso brasileiro sobre os tratamentos aprovados, e esse cigarro não está incluído", diz Johns.

Há pelo menos um site brasileiro vendendo a engenhoca como tratamento. Por R$ 380, entrega-se o produto em qualquer lugar do país. Basicamente, é um tubinho de aço com um cartucho de nicotina, que é aspirada com vapor d"água em quantidades determinadas.

Sergio Ricardo Santos, coordenador do PrevFumo, núcleo de prevenção ao tabagismo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que o grande problema é que o método mimetiza o ritual do ato de fumar.

"Outras formas de reposição de nicotina, como adesivos ou goma de mascar, não são prazerosas. O cigarro eletrônico é e, portanto, não atua nos gatilhos comportamentais que estimulam a vontade de fumar. E dificilmente alguém abandona o cigarro sem mudar o seu comportamento em relação a ele."

Fumo e direção não combinam!

Fumar ao volante

Um alerta aos motoristas mais desavisados: fumar dirigindo, além de ser prejudicial à saúde será também prejudicial ao bolso. E não importa se as duas mãos estão no volante, fumar durante o ato de dirigir será motivo de infração, pelo menos é o que prevê uma nova lei que está para ser aprovada pela Câmara Federal.A proposta já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e prevê multa de R$ 85,13, além de perda de quatro pontos na carteira do motorista fumante.Atualmente, a legislação não faz menção ao ato de dirigir fumando. O artigo 252 estabelece que não se pode dirigir apenas com uma das mãos no volante ou com o braço para fora da janela sem, contudo, fazer qualquer menção ao cigarro.O código considera infração jogar bitucas ou outros objetos nas vias públicas. Agora, com a nova lei em curso, fumar será perigoso para quem fuma, mesmo que o cigarro esteja na boca e as duas mãos no volante. Não importa: fumar dirigindo dará multa e perda de pontos na CNH.Especialistas afirmam que um em cada quatro acidentes poderia ser evitado se o motorista estivesse atento. A afirmação é da agência responsável pela segurança nas estradas americanas. "Nos Estados Unidos, por exemplo, uma das maiores causas de acidentes de trânsito por distração é a pessoa dirigir enquanto está se barbeando", aponta o professor da Universidade Católica de Brasília, Adolfo Sachsida. Sem contar que nos EUA os carros trazem o câmbio automático, sem a necessidade de usar as mãos para trocar de marchas.A Prefeitura de Dourados vem fazendo a lição de casa. Em parceiras com SEST, SENAC, a prefeitura realiza curso "Por que Ensinar Trânsito nas Escolas", com o Comitê Temático Trânsito, que faz parte do Programa Educacional de Humanização do Trânsito. O curso, a cada semestre, é voltado para professores da Rede Pública e Privada. O que se pretende é levar informação didática e precisa às crianças em relação ao trânsito. Além do mais o fumante passivo, aquele que inala a fumaça de terceiros, comprovadamente faz parte das estatísticas de morte.Pesquisa realizada por cientistas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, "que teve como alvo a população urbana, revelou pela primeira vez números impressionantes: pelo menos 2.655 indivíduos não-fumantes expostos involuntariamente à fumaça do tabaco morrem a cada ano no Brasil; ou seja, sete pessoas por dia. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%), já que há mais fumantes do sexo masculino." O trabalho está no site do INCA. Portanto, não só ao volante, mas em qualquer lugar o cigarro é letal para quem fuma e para quem não fuma. Basta estar próximo.
*Superintendente de Transporte e Trânsito - Prefeitura de Dourados-MSConselheiro do CETRAN

Fumar é genético, dizem pesquisas

O gosto pelo cigarro, afirmam pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, é ligado à genética. Um gene variante, detectado normalmente em fumantes, seria o responsável por tal dado. Aqueles que experimentam o primeiro cigarro e sentem prazer de cara têm mais chances de possuir o gene e se tornar viciado na droga.

O estudo espera desvendar o código genético dos dependentes de nicotina, o que pode tornar mais fácil o desenvolvimento de drogas anti-fumo e a conscientizaçã o de que certas pessoas têm maior tendência ao vício.

O gene em questão, o CHRNA5, já havia sido mencionado em outros estudos sobre a nicotina. É sugerido que ele aumenta as chances, inclusive, do desenvolvimento do câncer de pulmão.

Cerca de 435 voluntários foram submetidos a testes, alguns eram fumantes regulares, enquanto outros já haviam provado a droga, mas não eram viciados.

O líder da pesquisa, Prof Ovide Pomerleau, afirmou que "aparentemente, algumas pessoas têm um código genético que faz com que a primeira exposição à nicotina determine o vício posterior".

Porém, para o Dr Marcus Munafo, da Universidade de Bristol, na Irlanda, o estudo é interessante, mas não muda a prática dos tratamentos de imediato. "A pesquisa nos faz entender o mecanismo do vício na nicotina, mas em termos práticos temos que continuar a fazer o que já fazíamos em relação ao cuidado com fumantes", defende Munafo.


ANNA MONTEIRO
Diretora de comunicação

Advertências Sanitárias

Brasil - Advertências Sanitárias nos Produtos de Tabaco - 2009Para conhecer o histórico das advertências sanitárias brasileiras e os estudos que subsidiaram a criação das novas frases e imagens, acesse a publicação Brasil - Advertências Sanitárias nos Produtos de Tabaco - 2009.

Câncer de pulmão provocado por tabaco é epidemia mundial


O câncer de pulmão provocado pelo consumo do tabaco já é considerado uma epidemia mundial e vem crescendo, ao contrário de alguns tipos de câncer cuja incidência está diminuindo. Esse foi um dos temas mais importantes do 12º Congresso Mundial de Câncer de Pulmão, realizado no começo do mês de junho em Seul, na Coréia do Sul.

As discussões giraram principalmente em torno do trabalho de abertura da Sessão Plenária “A epidemia do câncer do pulmão do tipo adenocarcinoma relacionada ao fumo; o papel da indústria do tabaco e os cigarros com filtro e de baixos teores", o que confere a ele uma importância sem precedentes nesse tipo de evento.
O oncologista e diretor da Oncocamp, Juvenal Antunes Oliveira Filho, participou do congresso e trouxe na bagagem informações que comprovam essa epidemia. Ao contrário de alguns tipos de câncer que registram uma diminuição percentual, existe hoje uma pandemia de câncer do pulmão que coincide com o aparecimento e rápido crescimento da indústria do tabaco no início do século passado. Em 1950 o subtipo denominado adenocarcinoma compreendia apenas 5% de todos os tumores do pulmão e em 2000-2003 passou a representar 47% de todos os tumores.
Chama atenção que o aumento foi maior em mulheres que nos homens (52% x 42%) e o que preocupa bastante é o fato de ter crescido muito em pessoas de menos de 50 anos, atingindo 59%. O adenocarcinoma pulmonar está diretamente relacionado com o hábito do fumar cigarros com filtros e baixos teores de nicotina. Enquanto em 1950 apenas 1% dos cigarros tinha filtro hoje 98% dos cigarros feitos nos EUA são vendidos com filtro. “Essa é uma estratégia da indústria tabagista para que os fumantes não deixem de fumar, apenas mudem o tipo de cigarro. Para compensar os baixos teores ou filtros, inalam mais fumaça e consequentemente produtos cancerígenos, aumentando, ao invés de diminuir, as chances de desenvolver um tumor no pulmão. Isso tem tido implicações muito importantes e foi inclusive reconhecido pela indústria do tabaco e será motivo de grandes debates mundiais“, disse Oliveira Filho. Na conclusão, o autor afirmou que as ações da indústria tabagista contribuíram para o desenvolvimento de uma epidemia de adenocarcinomas do pulmão relacionados ao hábito de fumar. Além desse tema, foram discutidas novas técnicas para o uso de imagens no diagnóstico, planejamento terapêutico e acompanhamento, principalmente o uso da tomografia computadorizada multislice (TC), ressonância magnética (RNM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET-TC).

Todas elas já estão em uso corrente no Brasil e aqui em Campinas já entrou na rotina de avaliação das neoplasias pulmonares. Em relação à terapia, as novidades estão relacionadas às novas técnicas de cirurgias mais conservadoras, radioterapia com novos aparelhos e softwares que permitem direcionar mais a radiação focada nos tumores e afetar menos os tecidos sadios. Além disso, a modalidade de terapia molecular dirigida isolada ou associada à quimioterapia, já também em uso crescente entre nós, certamente irá impulsionar nos próximos anos a terapia sistêmica do câncer do pulmão, além de novos protocolos de quimioterapia com diversas combinações com melhor tolerância.

O 12º. Congresso Mundial do Câncer do Pulmão é realizado de dois em dois anos. Em 2009 será realizado nos EUA, na cidade de São Francisco. Nesses encontros são analisados aspectos epidemiológicos, diagnóstico e terapia, nas formas de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e a mais recente, terapia molecular alvo-dirigida, modalidade terapêutica que certamente irá predominar no futuro próximo devido a sua maior especificidade e menor toxicidade. Atualmente o câncer de pulmão é o que tem a maior mortalidade entre todos os tumores malignos no mundo todo, sem exceção para o Brasil, embora não seja o de maior incidência entre nós. Afeta tanto homens como mulheres e é considerado um dos mais devastadores por somente se manifestar quando muito avançado.

Dos pacientes que procuram os médicos com sintomas respiratórios ou dor torácica e têm um tumor do pulmão diagnosticado, apenas 20% conseguem que o mesmo seja extirpado pela cirurgia, ainda a melhor arma para a sua cura. A prevenção do câncer do pulmão é de uma simplicidade sem precedentes, apenas deixar de fumar!

Tabaco que não provoca fumaça também é maléfico à saúde

O consumo de tabaco que não provoca fumaça, ou seja, do tipo que se pode mascar ou inalar, aumenta o risco de alguns tipos de câncer, embora provavelmente menos do que o hábito de fumar cigarros, estima um grupo de especialistas na edição de julho da revista médica The Lancet Oncology.
Esses produtos contêm mais de 30 substâncias cancerígenas, sobretudo nitrosaminas, explicam Paolo Boffetta, do Centro Nacional francês de Pesquisa sobre o Câncer, e seus colegas.
Os estudos realizados nos Estados Unidos e na Ásia sugerem que o tabaco sem fumaça multiplica por duas vezes e meia o risco de câncer na cavidade bucal, mas pesquisas semelhantes na Europa não detectaram nenhum tipo de aumento. Uma combinação desses dados se traduz em uma elevação de 80% do risco.
Quanto ao câncer de esôfago e de pâncreas, as chances disparam 60%; para o de pulmão, os resultados são contraditórios, de 0 a 80%.
A equipe do doutor Boffetta não recomenda o tabaco sem fumaça como substituto do cigarro.
"O risco de câncer, sobretudo da cavidade bucal e do pulmão, é provavelmente menor entre os consumidores de tabaco sem fumaça nos Estados Unidos e na Europa do Norte do que entre os fumantes", conclui.
Mas essa probabilidade é "mais elevada entre os consumidores de tabaco sem fumaça do que entre as pessoas que não consomem nenhum tipo de tabaco". (AFP/Google)

Fumantes podem viver 10 anos a menos, diz estudo

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos revelou nesta quarta-feira que o fumante pode ter de cinco a dez anos de vida a menos que uma pessoa que não fuma. Para chegar ao resultado, a pesquisa juntou as estatísticas de vida e morte de diversas agências, incluindo as da Sociedade Norte-Americana do Câncer e o Centro Nacional de Estatísticas de Vida.
Segundo o estudo publicado no jornal do Instituto, “fumar diminui entre cinco e dez anos o tempo de vida de uma pessoa, seja homem ou mulher. Por exemplo, um homem de 55 anos que fuma tem os mesmos riscos de morrer por todas as causas que não-fumante de 65 anos”.
“Para uma mulher que fuma, as chances de morrer com problemas no coração ou câncer de pulmão chegam a exceder as chances de mortes por conseqüência do câncer de mama a partir dos 40 anos”, completa o relatório.
O estudo foi liderado por Lisa Schwartz, do centro médico de Vermont, e deve ajudar os médicos a convencer os pacientes a parar de fumar. “Nós esperamos que esses resultados possam ajudar aos psicólogos e médicos a discutir com os seus pacientes sobre os riscos do cigarro e, quem sabe, fazer com eles parem de fumar”, disse a pesquisadora. (Fonte: Veja Online)

Estudo revela que tabaco pode estar relacionado à perda de memória

O consumo de tabaco pode estar vinculado a um maior risco de perda da memória em pessoas de idade avançada, segundo um relatório divulgado hoje pela revista "Archives of Internal Medicine".


De acordo com uma análise incluída no relatório, a dependência do tabaco pode ser um fator de risco de demência.No entanto, adverte que um estudo mais detalhado sobre o vínculo e a faculdade do pensamento, a aprendizagem e a memória é difícil em adultos de idade avançada porque muitos participantes não concluem o tempo de pesquisa ou morrem em resultado de doenças relacionadas ao tabaco.A conclusão sobre o perigo do fumo na função cognitiva é de um estudo realizado por um grupo de cientistas liderado por Séverine Sabia, do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica, em Villejuif, França.

Os pesquisadores analisaram dados médicos de 10.308 funcionários públicos ingleses com idade entre 35 e 55 anos, cujos hábitos de consumo de tabaco foram registrados de 1985 a 1988 e depois entre 1997 e 1999.Um total de 5.388 participantes fez testes de memória, raciocínio, vocabulário e fluência oral entre 1997 e 1999. Desse grupo, 4.659 foram submetidos aos mesmos exames cinco anos depois.O relatório indicou que quem fumava no início do estudo tinha mais chances de morrer durante os 17 anos seguintes à pesquisa.

Na primeira série de testes, os fumantes figuravam no grupo de menor rendimento cognitivo em comparação com aqueles que nunca tinham consumido tabaco.Por outro lado, quem tinha abandonado o cigarro no começo do estudo viu sua capacidade oral e vocabulário serem reduzidos em 30% frente aos não-fumantes.Além disso, as pessoas que deixaram de fumar durante a pesquisa melhoraram hábitos que poderiam prejudicar a saúde: consumiam menos álcool, mais frutas e verduras e praticavam mais atividades físicas.Segundo os cientistas, o estudo chega a conclusões importantes: fumar na idade adulta está vinculado a uma menor capacidade de raciocínio e problemas de memória.

Além disso, quem parou de fumar melhorou a memória e aumentou o vocabulário, assim como a fluência oral.Quando uma pessoa deixa de fumar traz benefícios à própria saúde, e é possível que a relação entre tabaco e função cognitiva tenha sido subestimada.Segundo os cientistas, o estudo é importante porque as pessoas que têm problemas cognitivos na idade adulta podem avançar mais rapidamente para um quadro de demência.Os pesquisadores acrescentam que nos últimos 20 anos as mensagens de saúde pública sobre o tabaco causaram mudanças no consumo."Essas mensagens de saúde pública sobre o cigarro deveriam continuar e ser dirigidas aos fumantes de todas as idades", destacam.

Brasil/Campanha antitabagista tem jovem como alvo

SÃO PAULO - A Organização Mundial de Saúde (OMS) contratou uma agência de publicidade brasileira para fazer campanha mundial contra o fumo. A missão da NovaS/B, de São Paulo, é dar uma resposta à atuação dos fabricantes de cigarro que têm direcionado sua publicidade para atrair o público jovem. A agência criou estratégias de marketing que comparam a indústria do cigarro a uma “rede do mal”. “O Brasil é exceção porque é um país que já adotou medidas para proibir a publicidade de cigarro. Mas o mundo globalizado, com a tecnologia que a gente tem hoje, não impede que ela esteja presente em todos os países de uma maneira tão forte quanto na época em que se tinha publicidade – afirma o publicitário Bob Vieira da Costa, da NovaS/B.

Uma das novas formas para despertar no jovem a vontade de fumar tem como base o YouTube, site da internet que compartilha vídeos em formato digital. “Quando você vê hoje no You Tube um jovem bonito fumando, ele agrega um baita de um glamour para o cigarro. A indústria conseguiu desenvolver, através do marketing, um conjunto enorme de possibilidades de chegar até o jovem”, explica Bob. Segundo ele, a campanha da OMS quer mostrar que o número de mortes pode aumentar muito. Entre 1901 e 2000 morreram por causa direta do cigarro cem milhões de pessoas em todo o mundo. No século XXI, poderão ser um bilhão.

Na campanha mundial, que já entrou no ar nas emissoras de TV do Brasil semana passada, os comerciais da OMS mostram uma pessoa morrendo na cama de um hospital por causa do cigarro e pergunta ao jovem brasileiro: sabe por que a indústria do cigarro quer você como cliente? Porque é um negócio: quando um consumidor morre, ela precisa de outro jovem para repor o cliente perdido. (AG)

Irmãos de 4 e 9 anos se tratam para parar de fumar

Dois irmãos, de 4 e 9 anos de idade, estão em tratamento, em Taiwan, para parar de fumar. O pai dos meninos, na cidade de Gaoxiong, levou-os ao centro de reabilitação depois de perceber que eles roubavam seus cigarros e charutos.
De acordo com informações no site Ananova, o pai contou ao jornal China Times que já desconfiava do vício em nicotina dos meninos, mas a situação "é difícil de aceitar".Os garotos admitiram que roubavam os cigarros e disseram que faziam isso porque o pai lhes parecia "charmoso" ao fumar.
No centro de reabilitação, o médico Xue Guangjie criticou o pai por falhar na continuação do tratamento. "Ele veio a apenas duas sessões, e a melhor maneira de resolvermos o problema de adição das crianças seria com o bom exemplo do pai", explicou. (Fonte: Terra)

Souza Cruz critica novas imagens de advertência contra o fumo

Para presidente da empresa, imagens 'não são informativas, mas depreciativas, buscando denegrir o consumidor'.

Sandra Hahn - Agência Estado
Fonte: Estado de S.Paulo

PORTO ALEGRE - O presidente da Souza Cruz, Dante Letti, considerou "depreciativas" as imagens de advertência que deverão ser impressas em maços de cigarros dentro de aproximadamente nove meses. As fotos foram divulgadas ontem pelo Ministério da Saúde na terça-feira, 27. Letti afirmou que sua avaliação é preliminar, pois conheceu a medida pela imprensa, e afirmou que as imagens "não são informativas, mas depreciativas, buscando denegrir o consumidor do produto". Apesar disso, observou que a medida está dentro das prerrogativas do ministério.
Para o executivo, a medida terá impacto no consumo, assim como ocorreria com uma "boa campanha educativa". Ele disse que a empresa tem feito campanhas junto ao varejo para conscientizar os comerciantes contra a venda de cigarros a menores de idade. Letti acrescentou que o departamento jurídico da companhia vai analisar a medida do governo e preferiu não antecipar qualquer possível resposta da Souza Cruz.
Conforme Letti, vários fatores influenciam o consumo de cigarro no Brasil, onde o preço tem sido inibidor do hábito. O maço de cigarros custava cerca de R$ 1,20 há seis anos e atualmente está em R$ 2,50 em média, segundo informou. Se os impostos subissem bruscamente, o mercado passaria para a informalidade, argumentou ele. Além do valor do cigarro, campanhas educativas e outras iniciativas também interferem no consumo, na avaliação da empresa.
A atuação da Receita Federal e medidas como a adoção da nota fiscal eletrônica tiveram efeito na redução da informalidade no mercado de cigarros, segundo a Souza Cruz. Letti lembrou que, desde abril, todas as indústrias do setor estão conectadas à Receita em tempo real, com registro de cada cigarro produzido legalmente. "Isso é importante porque, além da diferença entre os preços, que chega a ser de 48%, os produtos ilegais ficam à margem de regulamentações e controles sanitários", afirmou o executivo, que foi palestrante em reunião-almoço na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul.
A expectativa para o comportamento do mercado brasileiro em 2008 é de uma pequena retração de 2%, ante os 130 bilhões de cigarros vendidos no ano passado. No mundo, a tendência é estável, com leve declínio. Ao mesmo tempo em que há aumento de renda, que favorece o consumo, também crescem a regulamentação do setor e as campanhas de conscientizaçã o, analisou Letti.

OMS: cigarro matará 1 bilhão de pessoas neste século

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que o cigarro irá matar 1 bilhão de pessoas neste século e apela para que os governos proíbam toda a propaganda, publicidade e promoção de empresas de tabaco. A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) ainda pede que o cigarro nas novelas brasileiras também seja abolido. Para marcar o dia internacional contra o cigarro, que é celebrado hoje, a OMS lança uma campanha mundial para alertar os jovens sobre as "armadilhas" das empresas do setor. O material publicitário foi produzido no Brasil e será veiculado em 200 países.
A idéia da OMS é a de convencer os diversos governos a adotarem medidas duras. Segundo os estudos da entidade, países que adotaram uma restrição total à publicidade de cigarros conseguiram reduzir em 16% o consumo. O grau do vício estaria ligado à exposição à publicidade do produto. Outra constatação é de que a indústria sabe do potencial do marketing. Entre 1995 e 1999, as empresas americanas promoveram ou patrocinaram 2,7 mil eventos, com gastos de US$ 350 milhões. (Fonte: Yahoo Notícias)

Novas imagens dos maços de cigarro...











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