Europa contra o tabaco

Parlamento Europeu quer proibir tabaco:

O Parlamento Europeu reuniu-se hoje em Estrasburgo e fez aprovar um relatório que propõe aos Estados-membros que introduzam, no prazo de dois anos, "a proibição total do consumo de tabaco em todos os locais de trabalho, restaurantes, bares, edifícios públicos e meios de transporte na União Europeia", lê-se num documento oficial do Parlamento Europeu, emitido hoje.
Por uma Europa sem fumo:
Foi hoje aprovado em plenário por 561 votos a favor, 63 contra e 36 abstenções, o relatório sobre o Livro Verde "Por uma Europa sem fumo". O Parlamento Europeu (PE) defende que "só uma proibição total de fumar em todos os locais de trabalho fechados, incluindo os estabelecimentos de restauração e de bebidas, e em todos os edifícios e meios de transportes públicos pode proteger a saúde dos trabalhadores e dos não fumadores". O mesmo relatório frisa que, nos países onde foi introduzida a proibição total de fumar, o sector da restauração não sofreu uma diminuição visível nos negócios. O Parlamento defende que "uma politica responsável tem a obrigação de criar um ambiente em que fumar já não seja considerado normal". O PE pretende que a Comissão Europeia apresente – até 2011 – um projecto que regulamente a protecção dos não fumadores no âmbito da protecção laboral e que, ao mesmo tempo, sejam reconhecidas as disposições nacionais em vigor nos Estados-membros.
Contexto:
Estima-se que por ano, na União Europeia, morram 650 mil pessoas devido ao consumo de tabaco, sendo que dessas mortes 80 mil são provocadas pelo fumo passivo. A exposição ao fumo do tabaco aumenta substancialmente o risco de cancro do pulmão. Números dizem que a probabilidade de pessoas que trabalham na área da restauração contraírem cancro do pulmão é 50% superior ao das pessoas que não estão expostas ao fumo do tabaco.
Tabaco na Europa:
Cerca de 70% da população da União Europeia é não fumadora. 86% dos europeus mostram-se favoráveis quanto à proibição de fumar nos locais de trabalho, 84% concordam com a proibição em locais públicos, 77% nos restaurantes e 61% nos cafés e bares.

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