Pessoas sabem mais sobre males do cigarro, mas não estão mais propensas a não fumar.Especialistas afirmam que fotografias deveriam ser maiores nos maços vendidos no país.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer da França, a utilização de imagens chocantes nos maços de cigarros teve dois efeitos distintos na população. Apesar de aumentar o nivel de conhecimento sobre os malefícios do fumo ao corpo humano, aparentemente não ajudou a motivar os fumantes a largarem o vício.
Luís Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN
A pesquisa, realizada pelo Departamento de Marketing da Universidade de Rennes, foi encaminhada às autoridades sanitárias, que deverão anunciar novas medidas de controle do tabaco neste mês. A França proibiu o fumo em ambientes fechados desde o começo do ano. As estatísticas francesas mostram que atualmente 25% de seus cidadãos fumam regularmente desde os 12 anos. Cerca de 5% da população fuma eventualmente.
Em 2003
A história do uso das imagens nos maços de cigarros começou em 2003, quando a União Européia colocou à disposição do governo francês 42 fotografias consideradas fortes o suficiente para impressionar os tabagistas. As fotos eram iguais àquelas utilizadas em outras partes do mundo: um bebê prematuro com problemas respiratórios e usando um respirador, uma boca desdentada, um feto deformado e pulmões doentes. O banco de imagens foi analisado de acordo com seu potencial de impacto, eficência e credibilidade antes de ser colocado em utilização. A boca desdentada, digna de um filme de horror, foi considerada a imagem mais marcante pelos entrevistados na época. A análise das imagens permitiu descobrir de que grupos diferentes eram tocados por imagens diversas. As mulheres, por exemplo, percebiam o maior impacto quando as mensagens falavam de fertilidade e gravidez. Já para os homens os temas mais importantes eram a virilidade e as doenças graves.
Briga com design
Agora, anos após o início da divulgação nos maços de cigarros, podem ser avaliados outros aspectos. As imagens concorrem diretamente com o esforço de design dos fabricantes, que buscam atrair o maior número de consumidores. Segundo os pesquisadores, para que as imagens pudessem ser efetivas, deveriam ocupar pelo menos a metade da área das embalagens. Outro ponto ressaltado pelos especialistas é que as imagens deveriam ser acompanhadas de formas de contato com estruturas de tratamento para o fim do vício. Portanto, a pesquisa mostra que a divulgação das imagens dos efeitos do tabagismo não diminui o número de fumantes e não é acompanhada de uma política de tratamento dos fumantes que realmente os auxilie a parar de fumar, algo que só os que já tentaram sabem como é difícil. Leia mais notícias de Ciência e Saúde
Em 2003
A história do uso das imagens nos maços de cigarros começou em 2003, quando a União Européia colocou à disposição do governo francês 42 fotografias consideradas fortes o suficiente para impressionar os tabagistas. As fotos eram iguais àquelas utilizadas em outras partes do mundo: um bebê prematuro com problemas respiratórios e usando um respirador, uma boca desdentada, um feto deformado e pulmões doentes. O banco de imagens foi analisado de acordo com seu potencial de impacto, eficência e credibilidade antes de ser colocado em utilização. A boca desdentada, digna de um filme de horror, foi considerada a imagem mais marcante pelos entrevistados na época. A análise das imagens permitiu descobrir de que grupos diferentes eram tocados por imagens diversas. As mulheres, por exemplo, percebiam o maior impacto quando as mensagens falavam de fertilidade e gravidez. Já para os homens os temas mais importantes eram a virilidade e as doenças graves.
Briga com design
Agora, anos após o início da divulgação nos maços de cigarros, podem ser avaliados outros aspectos. As imagens concorrem diretamente com o esforço de design dos fabricantes, que buscam atrair o maior número de consumidores. Segundo os pesquisadores, para que as imagens pudessem ser efetivas, deveriam ocupar pelo menos a metade da área das embalagens. Outro ponto ressaltado pelos especialistas é que as imagens deveriam ser acompanhadas de formas de contato com estruturas de tratamento para o fim do vício. Portanto, a pesquisa mostra que a divulgação das imagens dos efeitos do tabagismo não diminui o número de fumantes e não é acompanhada de uma política de tratamento dos fumantes que realmente os auxilie a parar de fumar, algo que só os que já tentaram sabem como é difícil. Leia mais notícias de Ciência e Saúde
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