Apesar de raros, os infartos entre os jovens costumam ser graves. Enviado especial traz as novidades do Congresso do Colégio Americano de Cardiologia.
Por: Luís Fernando Correia
Jovens que sofrem infarto e não param de fumar triplicam as chances de um novo infarto em dois anos.
Parar de fumar está entre as recomendações que qualquer paciente que tenha sofrido um infarto recebe ao sair do hospital. Segundo pesquisadores de Atenas, na Grécia, se o paciente que teve o infarto tiver menos de 35 anos e não parar de fumar suas chances de um novo infarto triplicam, quando comparadas aos que conseguem largar o vício. Apesar de raros, os infartos entre os jovens costumam ser graves. A mortalidade é muito alta nesses casos. Em 2005, no Brasil, foram 2.518 casos de infarto, entre 20 e 39 anos, com 1.859 mortes, ou seja, 73% de mortalidade, segundo o DATASUS. O trabalho grego, apresentado no Congresso do Colégio Americano de Cardiologia, em Chicago, retratou que no grupo estudado 95% dos pacientes jovens com infarto fumavam. Desses, 55% continuou fumando após a alta e 32% sofreram novo evento cardíaco em um ano, uma incidência três vezes maior do que a esperada. O trabalho deve servir de alerta para os cardiologistas, já que segundo a Organização Mundial da Saúde 16% dos adultos brasileiros fumam e, entre os menores de idade, já temos 17% de usuários do cigarro.
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