Pela primeira vez, imagens mostram os danos causados aos pulmões dos fumantes passivos:
Os não-fumantes ganharam mais um argumento para pressionar os tabagistas a apagar o cigarro. Pela primeira vez, cientistas conseguiram imagens de pulmões que demonstram como a fumaça alheia causa danos aos fumantes passivos. Graças a um tipo especial de ressonância magnética, pesquisadores do departamento de radiologia do Children’s Hospital of Philadelphia descobriram que quase um terço dos não-fumantes que convivem com as baforadas dos outros por mais de dez anos desenvolve alterações pulmonares. "Identificamos nesses pacientes sinais moderados de enfisema", disse a VEJA o físico Chengbo Wang, coordenador do estudo, apresentado durante o encontro anual da Radiological Society of North America. O enfisema atinge 5 milhões de pessoas no Brasil e é a quinta causa de morte no país. Essa doença crônica é caracterizada pela perda de elasticidade do tecido pulmonar, pelo aumento de tamanho e ruptura dos alvéolos, as minúsculas estruturas em forma de balão localizadas nos pulmões. Os alvéolos são responsáveis pela troca gasosa de dióxido de carbono por oxigênio. Com menos alvéolos, a renovação do oxigênio no sangue fica prejudicada, uma das causas da falta de ar das vítimas de enfisema. Essa deterioração progressiva do tecido pulmonar tem como principal causa a inflamação provocada pelas substâncias tóxicas da fumaça do cigarro.
Os não-fumantes ganharam mais um argumento para pressionar os tabagistas a apagar o cigarro. Pela primeira vez, cientistas conseguiram imagens de pulmões que demonstram como a fumaça alheia causa danos aos fumantes passivos. Graças a um tipo especial de ressonância magnética, pesquisadores do departamento de radiologia do Children’s Hospital of Philadelphia descobriram que quase um terço dos não-fumantes que convivem com as baforadas dos outros por mais de dez anos desenvolve alterações pulmonares. "Identificamos nesses pacientes sinais moderados de enfisema", disse a VEJA o físico Chengbo Wang, coordenador do estudo, apresentado durante o encontro anual da Radiological Society of North America. O enfisema atinge 5 milhões de pessoas no Brasil e é a quinta causa de morte no país. Essa doença crônica é caracterizada pela perda de elasticidade do tecido pulmonar, pelo aumento de tamanho e ruptura dos alvéolos, as minúsculas estruturas em forma de balão localizadas nos pulmões. Os alvéolos são responsáveis pela troca gasosa de dióxido de carbono por oxigênio. Com menos alvéolos, a renovação do oxigênio no sangue fica prejudicada, uma das causas da falta de ar das vítimas de enfisema. Essa deterioração progressiva do tecido pulmonar tem como principal causa a inflamação provocada pelas substâncias tóxicas da fumaça do cigarro.

Os sinais de enfisema foram encontrados em 33% dos pacientes expostos por mais de dez anos ao fumo passivo. De acordo com os cientistas, essa proporção é semelhante à de fumantes que desenvolvem enfisema pulmonar. Para os autores, as conclusões servem de alerta, principalmente, para o perigo a que estão expostas as crianças filhas de pais fumantes. Segundo estatísticas da American Lung Association, nos Estados Unidos 35% das crianças pertencem a famílias em que há ao menos um adulto fumante. Todas correm risco de desenvolver problemas respiratórios decorrentes do tabagismo. "Ficou claro que o fumo passivo faz mal aos pulmões. Por isso, é preciso endurecer as restrições ao tabagismo não apenas nos espaços públicos, mas também nos lares", adverte o coordenador da pesquisa. No Brasil, onde 25% dos adultos fumam, os riscos a que estão expostos os fumantes passivos é igualmente alto.
O tamanho do estrago:
A equipe do Children’s Hospital of Philadelphia submeteu fumantes, fumantes passivos e pessoas com baixa exposição ao fumo a um novo tipo de ressonância magnética, mais sensível que o convencional. A seguir, as imagens dos pulmões analisados:
Pulmão de pessoa com baixa exposição à fumaça de cigarro: Predomínio da cor vermelha, que representa a área saudável dos pulmões.
Pulmão de fumante passivo: Em 33% das pessoas com dez anos ou mais de convivência com fumantes, há sinais iniciais de enfisema, representados nas zonas amarelas.
Pulmão de fumante: As zonas amarelas, que indicam a formação de enfisema, foram detectadas nos pulmões de 57% dos fumantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário