Fumar é genético, dizem pesquisas

O gosto pelo cigarro, afirmam pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, é ligado à genética. Um gene variante, detectado normalmente em fumantes, seria o responsável por tal dado. Aqueles que experimentam o primeiro cigarro e sentem prazer de cara têm mais chances de possuir o gene e se tornar viciado na droga.

O estudo espera desvendar o código genético dos dependentes de nicotina, o que pode tornar mais fácil o desenvolvimento de drogas anti-fumo e a conscientizaçã o de que certas pessoas têm maior tendência ao vício.

O gene em questão, o CHRNA5, já havia sido mencionado em outros estudos sobre a nicotina. É sugerido que ele aumenta as chances, inclusive, do desenvolvimento do câncer de pulmão.

Cerca de 435 voluntários foram submetidos a testes, alguns eram fumantes regulares, enquanto outros já haviam provado a droga, mas não eram viciados.

O líder da pesquisa, Prof Ovide Pomerleau, afirmou que "aparentemente, algumas pessoas têm um código genético que faz com que a primeira exposição à nicotina determine o vício posterior".

Porém, para o Dr Marcus Munafo, da Universidade de Bristol, na Irlanda, o estudo é interessante, mas não muda a prática dos tratamentos de imediato. "A pesquisa nos faz entender o mecanismo do vício na nicotina, mas em termos práticos temos que continuar a fazer o que já fazíamos em relação ao cuidado com fumantes", defende Munafo.


ANNA MONTEIRO
Diretora de comunicação

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