O tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio deste ano, foi “Mostre a verdade. Advertências Sanitárias salvam vidas”, com o objetivo de reforçar as campanhas de alerta aos males do tabagismo. O Brasil possui, desde 2001, uma das campanhas de advertências sanitárias mais avançadas do mundo e iniciou, recentemente, em parceria com a Universidade de Waterloo, no Canadá, pesquisa para medir, de forma contínua, o grau de impacto dessas ações na população. O Projeto de Avaliação do Controle do Tabaco no Brasil, que está sendo aplicado pela primeira vez no país, integra o International Tobacco Control Evaluation Project (ITC Project), pesquisa internacional, coordenada pela Universidade de Waterloo, sobre políticas de controle do tabaco que se estende por outros 19 países. Resultados preliminares do estudo brasileiro foram divulgados pelo INCA na quarta-feira, 27/5, como parte das comemorações do Dia Mundial sem Tabaco. Segundo a técnica da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto, Cristina Perez, 48,2% dos fumantes disseram que as advertências nos maços de cigarros os torna mais propensos a deixar de fumar. “As imagens e frases impressas impediram que 39,1% dos fumantes pegassem um cigarro quando eles estavam prestes a fumar, nos últimos 30 dias. E 61,6% dos fumantes (e 83,2% dos não-fumantes) disseram que as advertências os fizeram pensar, um pouco ou muito, sobre os riscos à saúde provocados pelo tabagismo”, revelou Perez. A pesquisa está sendo realizada em três capitais – Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre – com um universo de 1.800 pessoas, fumantes e não-fumantes, que serão acompanhadas por no mínimo três anos. A cada mudança na política de controle do tabaco no país, as mesmas pessoas serão entrevistadas, o que permitirá a comparação temporal dos dados. A primeira etapa da pesquisa brasileira será concluída ainda no primeiro semestre deste ano. Para 2010, está previsto o início da segunda fase, que vai avaliar o impacto das novas imagens de advertência, que começaram a ser veiculadas este mês. Leia mais sobre a pesquisa do INCA. O coordenador do ITC Project, o canadense Geoffrey Fong, elogiou os resultados brasileiros. “Comparado aos 16 países já pesquisados pelo ITC, como Alemanha, Holanda, França, EUA, Canadá e Austrália, entre outros, o Brasil é líder quando o assunto é vontade de parar de fumar nos próximos seis meses”, explica Fong. Mas ele revela que o país fica em quarto lugar quanto à consciência da população sobre os riscos do fumo à saúde, sugeridos pelas advertências. “Isto quer dizer que, apesar da ótima qualidade das imagens brasileiras – reconhecidamente as mais fortes do mundo – as pessoas não estão prestando a devida atenção. Por isso, as advertências causariam mais efeito se estivessem mais à vista do fumante, sendo estampadas não só no verso, mas também na parte da frente das embalagens”, propõe o canadense. Outra vantagem, destacada por Fong, é a visibilidade que as imagens passariam a ter nas prateleiras dos pontos de venda dos produtos derivados do tabaco. Leia mais sobre a pesquisa do ITC. Estudo realizado na Austrália demonstrou que em 94% das vezes os maços de cigarro eram colocados sobre as mesas de bares e restaurantes com a frente para cima. “Ao manusearem os maços, as pessoas vêem nove vezes mais a frente que a parte de trás”, revela o coordenador do ITC Project. No Brasil, a pesquisa realizada pelo INCA é financiada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) e conta com o apoio da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) e do Laboratório de Neurobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entenda as advertências sanitárias Estudos científicos demonstram que advertências sanitárias mais eficientes são as que geram reações emocionais negativas, como o medo e a repulsa, pois são as que mais favorecem uma redução da frequência e intensidade do consumo e que mais motivam os fumantes a tentarem deixar de fumar. A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado internacional do qual o Brasil é Estado Parte, determina, em seu artigo 11, que os países adotem advertências sanitárias nas embalagens dos produtos de tabaco. Vários países optaram por advertências sanitárias com imagens fortes, como Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Hong Kong, Índia, Jordânia, México, Nova Zelândia, Panamá, Reino Unido, Romênia, Singapura, Suíça, Tailândia, Uruguai e Venezuela, além da Comunidade Européia. No Brasil, após o lançamento das primeiras advertências com fotos, pesquisas mostraram que 80% dos fumantes manifestaram apoio à medida e o desejo de que elas fossem mais impactantes. Os fumantes apontaram também que as advertências que retratavam situações mais dramáticas eram as mais motivadoras para deixar de fumar. De acordo com a Medida Provisória n.º 2.190-34 de 23 de agosto de 2001, todo fabricante ou importador de produtos de tabaco é obrigado a inserir nas embalagens as frases de advertência, acompanhadas de fotografias que ilustram as consequências do tabagismo. Estas devem ocupar 100% de uma das maiores faces das embalagens, além de exibir o número do Disque Saúde - Pare de Fumar (0800 703 7033). Nos pontos de venda, as advertências sanitárias devem ocupar 10% do espaço de publicidade. A indústria do tabaco têm até 5 de agosto de 2009 para substituir as imagens de advertência antigas pelas novas. Seminário discute com público jovem as novas advertências sanitárias Com a intenção de aproximar o tema do público mais jovem, alvo preferido da indústria do tabaco, o evento contou com o apoio do reitor da PUC-RJ, padre Jesus Hortal Sanchez, e do coordenador do curso de Controle do Tabagismo da PUC-RJ, Barros Franco. Também estiveram presentes o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini, o presidente da Fundação do Câncer e da Academia Nacional de Medicina, Marcos Moraes, representantes da Anvisa e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). Diante de uma platéia atenta, formada essencialmente por estudantes e professores, técnicos do INCA e o coordenador do ITC Project, Geoffrey Fong, mostraram os estudos de avaliação das advertências sanitárias, desenvolvidos no Brasil e nos demais países integrantes da pesquisa internacional. A chefe da Divisão de Controle do Tabagismo, Tânia Cavalcante, aprovou a iniciativa: “É importante que o público universitário seja mobilizado a participar do debate sobre o papel das advertências no controle do tabagismo, o impacto gerado por elas, seu processo de desenvolvimento e as evidências mundiais de sua utilização. Convocamos principalmente os estudantes das áreas de Comunicação, Artes e Design”, declarou. Nos pilotis da Universidade, foi montado um estande para distribuição de folhetos informativos e um grande maço de cigarro, em cujo interior um ator “preso e sufocado pela fumaça” fazia performances para impressionar o público.(Fonte: INCA) |
Pesquisa do INCA
Pesquisa do INCA revela que imagens dos maços desestimulam fumo
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Formação: Bacharel em Teologia com Ênfase em Grego e Hebraico (SALT/IAE - UNASP). Licenciado em Pedagogia com Habilitação em Séries Iniciais e Administração Escolar (ACE/FGG). Licenciado em Ciências da Religião com Habilitação em Ensino Religioso (FURB). Pós-Graduado em Interdisciplinaridade na Educação e Metodologia do Ensino Superior (IBPEX/UNIVILLE). Pós-Graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional (FACINTER/UNIVILLE). Pós-Graduado em Coordenação Pedagógica (UFSC). Pós-Graduado em Mídias na Educação (FURG). Pós-Graduado em Gestão Pública (IFSC). Mestre em Educação (UNIATLANTICO – Universidad Europea Del Atlántico – Santander/Cantabria – Espanha)
Atuação Profissional: Técnico Pedagógico na CRE - Coordenadoria Regional de Educação - Joinville, SC. Funcionário Público na Rede Municipal de Educação em Joinville, SC. Teólogo, Cientista Religioso, Professor, Escritor e Palestrante. Mas acima de tudo um servo do Senhor Jesus!
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